Um dos acusados pelo Ministério Público do homicídio de Luís Grilo saiu hoje de prisão preventiva. António Joaquim vai aguardar em liberdade o final do julgamento.
Conhecido como o amante da viúva Rosa Grilo, António Joaquim vai ficar sujeito ao termo de identidade e residência até ao desfecho do julgamento. A leitura do acórdão está agendada para 10 de janeiro.
Em declarações às televisões junto à saída da prisão da Polícia Judiciária em Lisboa, o advogado do suspeito disse que a sua liberdade deve-se à falta de provas para o acusar.
“Houve um conjunto de factos que tinham sido indicados pelo Ministério Público e que depois de produzida a prova, entendeu a defesa e parece que agora também o tribunal, não se verificam”, começou por dizer Ricardo Serrano Vieira em declarações transmitidas pela SIC Notícias.
“Uma das leituras que podemos ter, aquilo que é imputado ao mesmo [acusado], não terá sido documentado em prova documental, testemunhal e pericial”, acrescentou o advogado.
“Entendemos que estão alteradas as circunstâncias que determinaram a prisão preventiva. A medida de coação foi alterada ainda temos de esperar pela leitura do acórdão. Estão alterados os factos que deram origem à prisão preventiva”, destacou Ricardo Serrano Vieira.
O advogado revelou estar mais esperançoso para o julgamento. “Conseguimos ver uma luz um pouco maior ao fundo do túnel”. “É um momento muito emotivo para nos, para a nossa equipa, são 14 elementos que estiveram a trabalhar neste processo desde o inicio”, afirmou.
Questionado se Rosa Grilo também iria sair em liberdade antes do fim do julgamento, o advogado recusou comentar.
O corpo do triatleta foi encontrado com sinais de violência e em estado de decomposição, em agosto de 2018, um mês depois de ter desaparecido de sua casa. Luís Grilo foi encontrado a mais de 150 quilómetros de sua casa, no concelho de Avis, distrito de Portalegre.
O Ministério Público (MP) acusa António Joaquim de ser o autor do disparo sobre Luís Grilo, na presença da Rosa Grilo. O crime ocorreu quando o triatleta dormia no quarto de hóspedes onde o casal residia, em Cachoeiras, concelho de Vila Franca de Xira, distrito de Lisboa, segundo o MP.
De acordo com a Agência Lusa, o MP acredita que o crime foi cometido para os amantes assumirem a sua relação amoroso e poderem beneficiar dos bens de Luís Grilo: 500 mil euros em indemnizações de vários seguros e outros valores depositados em várias contas bancárias, além da habitação.
Homem acusado da morte do triatleta Luís Grilo vai sair em liberdade
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