Empresários, autarcas, membros do Governo, fundadores e parceiros reuniram-se para enaltecer o papel fundamental que a AEBA tem desempenhado no desenvolvimento socioeconómico da região do Baixo Ave ao longo de um quarto de século. “Começámos com poucos, mas determinados. E, com o tempo, ganhámos dimensão, reconhecimento e, sobretudo, relevância”, declarou José António Azevedo, agradecendo ainda o apoio dos associados, dos municípios e dos colaboradores da AEBA.
O presidente abriu a sessão sublinhando o crescimento e a relevância que a Associação conquistou nos últimos 25 anos, recordou a forma determinada como tudo começou, em 12 de abril de 2000, com um grupo de empreendedores que partilhavam a visão de representar e defender os interesses do comércio, indústria e serviços, promovendo o desenvolvimento sustentável da região.
O presidente da AEBA sublinhou a importância de continuar a “construir uma comunidade empresarial centrada nas pessoas, empregadora, exportadora e solidária”, e destacou as oportunidades de internacionalização e inovação que se abrem num cenário global em rápida mudança, salientando ainda o novo espaço incubador que a Associação recebeu de um dos seus fundadores – um conjunto de 15 lojas na Trofa que servirá para apoiar jovens empreendedores.
Luís Portela, fundador da AEBA e presidente da Comissão “AEBA 25 Anos”, salientou no evento o percurso histórico da instituição, salientando que o Baixo Ave “dá um contributo para a riqueza nacional que ainda não é devidamente reconhecido”, apelando a que a região se una para fortalecer a sua voz perante o país.
O fundador anunciou ainda o Prémio de Inovação AEBA 25 Anos, que distinguirá projetos inovadores de empresas da região. Com candidaturas abertas até 15 de setembro, a entrega do galardão acontecerá durante a gala comemorativa de 31 de outubro, na Trofa, momento alto das celebrações dos 25 anos da Associação, que contará com a presença do Presidente da República.
Ao longo de 2025, a comissão organizadora prevê várias atividades, incluindo torneios de padel, corridas, rally paper, passeios de bicicleta e outras iniciativas nos cinco concelhos do Baixo Ave (Trofa, Santo Tirso, Vila Nova de Famalicão, Maia e Vila do Conde), culminando na referida gala de outubro.
O desenvolvimento do Norte e do Baixo Ave em análise
Coube ao professor Fernando Freire de Sousa, ex-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-NORTE), abordar o tema “Partes que acrescentam ao todo – O Norte e o Baixo Ave”.
Numa exposição detalhada, Freire de Sousa apresentou dados sobre a relevância económica e exportadora da região Norte e, em especial, do Baixo Ave, que concentra cerca de 27% das exportações do Norte e tem um peso determinante em setores industriais. Contudo, salientou desafios estruturais do país, como o problema demográfico, a desigualdade inter-regional e a dependência de fundos europeus.
“A região do Baixo Ave é altamente exportadora e industrial, mas o país, de modo geral, ainda padece de fragilidades institucionais e de um excessivo centralismo”, enfatizou, defendendo que a cooperação regional e a boa governação pública serão cruciais para alavancar um futuro mais próspero.
Tensões geopolíticas e impacto nas empresas
Na sequência, António Vitorino, presidente do Conselho Nacional para as Migrações e Asilo, abordou as “Tensões geopolíticas e os seus impactos económicos”. Num momento em que se assistia a uma escalada de guerras comerciais e disputas entre grandes blocos, António Vitorino sublinhou a importância de a Europa manter a unidade para se afirmar no cenário global. “A guerra comercial atual não distingue amigos de inimigos, e a Europa tem de preservar a sua autonomia estratégica, reforçando a competitividade e a coesão”, apontou.
Salientou, ainda, que as regras de comércio internacional estão em crise, com consequências para países abertos e exportadores, como Portugal, que devem aproveitar o quadro comunitário para encontrar novas soluções que protejam as empresas e promovam a inovação.
Para encerrar a conferência, o secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira, realçou as boas perspetivas de investimento e crescimento em Portugal, apesar das incertezas internacionais. Destacou as recentes medidas de apoio ao financiamento e à internacionalização, bem como o reforço de verbas para projetos de inovação e agendas mobilizadoras, lembrando que a dinâmica do Baixo Ave se enquadra numa estratégia nacional que premeia a criação de valor e a capacidade exportadora. Sublinhou também a importância de consórcios entre grandes empresas, PME e universidades, reforçando que “Portugal tem hoje condições favoráveis para continuar a atrair investimento estrangeiro e impulsionar o crescimento das empresas nacionais, sobretudo na indústria e serviços de maior valor acrescentado”.
As celebrações do 25.º aniversário da AEBA vão prolongar-se ao longo de 2025, com diversas iniciativas de carácter desportivo, cultural e empresarial nos cinco municípios do Baixo Ave. O ponto alto será a gala de 31 de outubro, na Trofa, que contará com a inauguração de uma exposição sobre a história da Associação, a entrega do Prémio de Inovação AEBA 25 anos, a inauguração de uma peça escultórica em homenagem aos empresários da região e um espetáculo musical.
Com a promessa de “continuar a construir pontes e moldar o futuro”, a AEBA encerrou a conferência dando sinais de confiança no que está para vir. A forte representação de autarcas, empresários e governantes evidenciou a relevância do projeto associativo para o desenvolvimento do Baixo Ave, confirmando o papel estratégico que a AEBA tem assumido, e promete reforçar, no panorama empresarial nacional.
Assista à Conferência na íntegra aqui.
Este conteúdo patrocinado foi produzido em parceria com a AEBA.
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