[weglot_switcher]

Agência de Energia Atómica nega danos em instalações nucleares no Irão

A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) admitiu que os recentes bombardeamentos israelitas contra instalações nucleares iranianas não terão provocado danos na central de enriquecimento de urânio de Fordó, nem no reator de água em Khondab.
epa12176030 People drive as fire and smoke rise from an oil warehouse in Tehran, Iran, 15 June 2024. Israel continues its strikes on Iran’s nuclear program and energy facilities. EPA/ABEDIN TAHERKENAREH
14 Junho 2025, 23h45

A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) admitiu que os recentes bombardeamentos israelitas contra instalações nucleares iranianas não terão provocado danos na central de enriquecimento de urânio de Fordó, nem no reator de água em Khondab.

Numa breve nota publicada na rede social X, esta agência das Nações Unidas indicou ainda que não há registo de novos danos na instalação nuclear de Natanz, onde o Irão enriquece urânio até 60% de pureza – um valor próximo dos 90% exigidos para fins militares.

Contudo, a AIEA confirmou que a planta de conversão de urânio localizada em Isfahão foi afetada pelos ataques. Apesar dos danos, a agência assegura que não se espera um aumento da radioatividade no exterior, nem em Isfahão nem noutras localizações atingidas.

Já em Natanz, o organismo verificou a presença de contaminação química e radiológica no interior das instalações, embora não tenha sido registado impacto externo.

O diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, classificou a situação como “muito preocupante”, sublinhando que “as instalações nucleares nunca devem ser alvo de ataques, independentemente do contexto ou das circunstâncias, dado o risco para a população e para o ambiente”.

Grossi recordou ainda que a ONU considera qualquer ataque armado contra infraestruturas nucleares de uso pacífico uma violação do direito internacional.

Israel justificou os bombardeamentos alegando que o Irão estaria a tentar desenvolver uma arma nuclear. No entanto, a AIEA afirmou não dispor de provas que sustentem essa acusação.

A agência sublinhou também que, enquanto Teerão não esclarecer certas dúvidas pendentes sobre o seu programa nuclear, não poderá garantir que este tenha exclusivamente fins civis e pacíficos.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.