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Água nas barragens algarvias dá para abastecer região até final do ano

Empresa responsável pela gestão do sistema municipal do abastecimento de água nos 16 municípios da região indicou que não existem “zonas críticas” de abastecimento às populações, já que a estação elevatória reversível de Loulé permite a “transferência de água de barlavento para sotavento e vice-versa”.
10 Outubro 2019, 19h01

A água armazenada nas barragens algarvias é suficiente para o consumo humano na região até ao final do ano e não há “zonas críticas” no Algarve a nível de abastecimento, disse hoje à Lusa a porta-voz da Águas do Algarve.

Segundo Teresa Fernandes, são necessários 72 milhões de metros cúbicos para abastecer de água a região do Algarve durante um ano e é esse valor que está atualmente nas barragens de Odeleite, Beliche e Odelouca, sendo que esta última serve apenas para abastecimento humano.

No entanto, é necessário ter em conta a água utilizada pela agricultura, que utiliza também duas dos três barragens algarvias.

A porta-voz da empresa responsável pela gestão do sistema municipal do abastecimento de água nos 16 municípios da região indicou que não existem “zonas críticas” de abastecimento às populações, já que a estação elevatória reversível de Loulé permite a “transferência de água de barlavento para sotavento e vice-versa”.

No que toca às zonas com “falta de água”, como é o caso do concelho de Castro Marim, onde a autarquia está a levar água a cerca de 30 povoações em autotanques, Teresa Fernandes referiu que se trata de localidades ainda sem ligação à rede, já que a empresa fornece os municípios e estes, por sua vez, “abastecem as populações”.

A Águas do Algarve faz a gestão da água das barragens, mas também do aquífero Querença – Silves (águas subterrâneas), o principal da região, ao qual já “têm recorrido” numa gestão integrada de todas as fontes, para que “não se esgote nenhuma das origens”, frisou.

A entrada na chamada época das chuvas, com um novo ciclo hidrológico, traz a expectativa de uma reforço da águas nas barragens, embora não haja ainda necessidade “de um racionamento”.

Contudo, advertiu a responsável, é necessário sensibilizar as populações para a necessidade da poupança de água e, acima de tudo, para o “combate aos desperdício”.

A empresa responsável pelo abastecimento de água no Algarve irá manter uma monitorização do aquífero e do nível das barragens, estabelecendo uma “ligação direta e diária” com a Águas de Portugal.

Vai também manter ativa uma campanha lançado no verão para contribuir para a consciência coletiva de uma situação que, “não sendo alarmante”, deve ser encarada como alguma atenção, concluiu.

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