Cerca de 60% das empresas de animação noturna (bares e discotecas) ponderam requerer insolvência. Este setor tem sido gravemente afetado pela pandemia da Covid-19 que obrigou aos donos destes establecimentos manter as portas fechadas há pelo menos cinco meses.
As conclusões vêm no novo inquérito mensal da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) sobre a atividade turística em Portugal, nomeadamente nos setores de restauração, bebidas e alojamento turístico. De acordo com a nota divulgada esta terça-feira, 62% clubes noturnos poderão vir a desaparecer nos próximos meses.
Atualmente existem cerca de três mil clubes noturnos no país. O número, que é uma estimativa, já que não existem dados oficiais, engloba bares com pista de dança e discotecas, segundo as somas do “Expresso”.
Os “resultados verdadeiramente alarmantes” da entidade revelam que no setor da restauração e bebidas 43% das sociedades pretende requerer a este fim, dado que a a esmagadora maioria refere que não irá conseguir suportar os encargos habituais, como pessoal, rendas, energia, fornecedores e outros, a partir do mês de agosto.
Para as empresas inquiridas, a faturação do mês de julho foi avassaladora, com 75% das empresas a registarem perdas acima dos 40%.
Quanto aos salários, o inquérito da AHRESP informa que e mais de 16% das empresas não conseguiram efetuar o pagamento e 14% só pagou parcialmente. Com esta realidade, 16% das empresas já efetuaram despedimentos desde o início do estado de emergência, e mais de 30% das empresas assumem que não vão conseguir manter todos os postos de trabalho até ao final do ano.
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