AICEP lança campanha ‘Made in Portugal naturally’

Inovação, diferenciação e sustentabilidade distinguem a oferta têxtil portuguesa no mercado internacional. “Com uma forte aposta na Investigação e Desenvolvimento, as empresas da Fileira Moda investem numa oferta integrada onde a sustentabilidade é uma prioridade. Orientadas para o cliente, as empresas da fileira investem na qualidade, inovação e design, e no desenvolvimento de materiais recicláveis, com foco na responsabilidade social, ética e ambiental”, refere a AICPEC

É com este preâmbulo que a agência lança a campanha Made in Portugal naturally, desenvolvida pela própria AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal. Em comunicado, a agência afirma que “são vários os exemplos de empresas com ADN português que distinguem a oferta ‘Made in Portugal”. E distingue alguns desses exemplos.

“A Salsa, fundada em 1994, uma referência internacional e presente em 35 países, assume o seu compromisso com as pessoas e planeta através projeto BECOME. O compromisso da marca assenta na produção de jeans 100% betterwash – processo de lavagem que permite utilizar em média menos 58% de água – até ao final de 2023. Além disto, a marca subscreveu o Pacto Português para os Plásticos e está comprometida a eliminar 100% do plástico na cadeia denim. Refira-se que até ao final do ano preveem eliminar no mínimo 1,1 milhões de sacos de plástico por ano. Com os olhos postos no futuro, a Salsa antecipa o objetivo de neutralidade carbónica de 2050 para 2040, com o objetivo intermédio, definido de acordo com a ciência, de redução de emissões em 66% até 2030.  Neste âmbito, a Salsa criou, ainda, o projeto Infinity que prevê a utilização infinita dos jeans, através da reparação, reutilização e reaproveitamento. Peças que já não tenham arranjo ounão tenham mais uso para o cliente, poderão ser recolhidas pela marca para as reaproveitar, transformar em outras peças ou reciclar”.

“A Madalena Beça Têxtil, que opera desde 1998, foca-se na tecelagem e confeção de malha tricô certificada com o Global Organic Textile Standard (GOTS), Responsible Wool Standard (RWS) e o Global Recycled Standard (GRS). A empresa portuguesa participa, desde 2018, nas semanas do movimento Fashion Revolution. Especializada em materiais orgânicos, sustentáveis e reciclados, tem vindo a trabalhar com marcas premiadas internacionalmente, em particular no sector do vestuário para bebé”.

“ Inovação & Criatividade, Sustentabilidade e Indústria 4.0. São estes os pilares de atuação da FORTeams LAB, empresa que se dedica à confeção de merchandising desportivo (cachecóis e gorros), bem como a linhas de moda desportiva (casualwear e gymwear).  A empresa utiliza matérias-primas recicladas, a partir de desperdícios têxteis da própria empresa e de dead stocks dos clientes, tendo criado neste âmbito o projeto LOOP. Produz igualmente complementos de moda, como mochilas, feitas através de material 100% reciclado. A empresa criou ainda um departamento de sustentabilidade e tem como objetivo atingir a neutralidade carbónica até 2030”.

“O projeto Valérius 360, lançado em 2017 pela Valérius, destina-se à reciclagem de desperdícios têxteis angariados dentro e fora do grupo. O projeto 360 tem como objetivo implementar um modelo de moda circular. Está a co-crear programas de take-back de vestuário pós-consumo para ser reciclado no Valérius 360. A iniciativa esteve já por detrás da produção de uma nova coleção cápsula, sustentável, feita de 50% algodão orgânico e 50% algodão reciclado proveniente de desperdício pós-consumo, sendo a matéria-prima produzida inteiramente na empresa em Barcelos. Fundada em 1982, a Pedrosa & Rodrigues incorpora na sua produção matérias-primas recicladas, biodegradáveis, eco-friendly, e com acabamentos especiais. Além disso, a empresa faz parte do projeto iTechStyle GreenCircle do CITEVE”.

“A Pedrosa & Rodrigues apresentou uma inovação denominada closed-loop, onde resíduos de coleções anteriores da marca (um mínimo de 20%) são incluídos em novas peças. Foi assim que nasceu o projeto CIRCLO”.

“A Confetil, que se assume como uma “empresa têxtil que transforma qualquer ideia num produto de moda de alta qualidade”, tem ADN português e é sustentável. Todas as atividades da empresa estão alinhadas com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, em particular o ODS 8 – trabalho decente e crescimento económico, ODS 12 – consumo e produção responsável, ODS 13 – ação climática, e ODS 17 – parcerias com o governo e sociedade civil.”