O Airbnb concordou em restringir o número de noites que os proprietários podem alugar as suas casas em Londres e Amsterdão, cedendo à pressão dos reguladores em dois mercados europeus chave, avança o ‘Financial Times’.
A decisão marca a primeira vez que o Airbnb concordou em impor limites anuais de arrendamento. Até hoje, o Airbnb argumentava que não poderia ser responsável pelo controlo de milhares de propriedades em 34 mil cidades com regulamentações muito diferentes.
A partir do próximo ano, o serviço online impedirá automaticamente que os anfitriões em Londres aluguem as suas casas por mais de 90 noites por ano, a menos que tenham uma licença de arrendamento passada pelas autoridades locais. O Airbnb ainda não aplicou o limite, confiando que os proprietários londrinos respeitem as regras.
Da mesma forma, em Amsterdão, o Airbnb aplicará um limite aos proprietários de 60 noites por ano e vai permitir que os vizinhos das casas listadas na plataforma possam partilhar problemas relacionados com o arrendamento, como o barulho.
“Queremos ser bons parceiros para todos em e garantir que a partilha de casa cresça de forma responsável e sustentável”, disse James McClure, director-geral da Airbnb para o norte da Europa citado pela Bloomberg.
Para o Airbnb, que recentemente atingiu uma avaliação de 30 mil milhões de dólares, a resolução destas batalhas sem prejudicar a sua imagem é um teste importante antes de qualquer eventual oferta pública de venda.
O Airbnb recusou-se a comentar o impacto que esta medida poderia ter na. Londres é um dos três principais mercados da empresa, juntamente com Nova Iorque e Paris, e Amsterdão está entre os seis melhores na Europa.
O Airbnb afirmou que 35 mil proprietários receberam 1,5 milhões de hóspedes em Londres até ao dia 16 de setembro e um anfitrião “típico” da Airbnb teve reservas por 50 noites em 2015. Em Amsterdão, a empresa tinha 14.200 alojamentos listados com 575.000 reservas em 2015 e um alojamento típico teve hóspedes durante 28 noites por ano.
Essa mudança de abordagem ocorre num momento em que a empresa de Silicon Valley está em negociações com reguladores em Nova Iorque e São Francisco, que têm tentado proibir o uso do serviço.
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