É com um sentimento de otimismo que a promotora imobiliária alemã Rockstone está a fazer a sua entrada no mercado de luxo português, onde tem em desenvolvimento o seu primeiro empreendimento, o Atlantic Club Comporta (ver caixa) e que faz de uma carteira de projetos, que representam um volume de 250 milhões de euros.
A informação é revelada ao Jornal Económico (JE), por Dietrich Rogge, fundador e diretor-geral da Rockstone, que acredita que “Portugal está agora em plena década de ouro”, do mercado imobiliário.
O promotor alemão revela que adora Lisboa pelo facto de ao seu redor ter regiões incríveis, desde a Nazaré até Estremoz, que para si, “é uma espécie do meu campo de caça”, diz, revelando que acabou de comprar um novo terreno há duas semanas em Melides para desenvolver outro projeto.
Sobre o empreendimento na Comporta assume que é cada vez mais ténue a linha entre a primeira e a segunda habitação.
“Este conceito de clube na Comporta é mesmo a combinação das duas realidades. Aqui combinamos os serviços de excelência e exclusividade, com um conceito híbrido de habitação e hotelaria”, afirma, sublinhando que metade já se encontra vendido, a maioria a clientes estrangeiros, mas tendo também portugueses.
“É muito importante para mim, na minha comunidade, ter clientes portugueses. Como vivo em Portugal, respeito o país e quero fazer parte desta cultura”, refere Dietrich Rogge.
O CEO não tem dúvidas de que cada vez mais clientes internacionais irão chegar ao nosso país, oriundos dos Estados Unidos, Brasil ou México.
“Portugal conseguiu estabelecer uma marca nos Estados Unidos. Ser chamado de Califórnia ou Hamptons da Europa, é algo que não se compra com dinheiro. Penso que os outros dois fatores são a mudança política nos Estados Unidos. Há um grande número de indivíduos com elevado património líquido que gosta de residir noutros locais, e gostam de vir para Portugal porque a qualidade de vida aqui é maravilhosa e vocês falam um inglês incrível”, explica.
Com vários projetos desenvolvidos na Alemanha, Etiópia ou Espanha (Madrid), o CEO da Rockstone olha para Portugal como um país de marinheiros, que está a ser redescoberto pelo mundo, para surpresa dos portugueses e estrangeiros.
“Vocês têm o melhor clima e aqui tudo cresce. Atraem muitos estrangeiros, mas penso que também haverá cada vez mais portugueses a regressar a Portugal, porque muitas pessoas partiram nos últimos 50 anos. E acho que é por isso que estou tão otimista em relação a Portugal e é por isso que entrámos neste mercado”, salienta.
Questionado sobre se teve de lidar com os problemas de licenciamento apesar de trabalhar no mercado de luxo, o CEO da Rockstone considera que, por vezes, para se fazer uma coisa pode levar algum tempo.
“Existe uma cultura de garantir que tudo está devidamente assinado no papel, que se avança e que todos estão devidamente envolvidos em cada processo, o que, como alemão, provavelmente também me agrada”, sublinha, acrescentando que por outro lado, se demorar muito tempo, é um problema.
“Mas também, para sermos justos, cada país tem os seus problemas. Não existe o bom ou mau. Cada país tem o seu próprio cocktail de origens culturais”, afirma Dietrich Rogge.
O CEO adianta que olha para outras regiões de Portugal para investimentos no futuro, referindo que gosta particularmente das capitais porque estão sempre em crescimento.
“Adoro a cidade do Porto, é lindíssima, o Algarve. Estou muito focado nisso. É só uma questão de tempo até lá chegar”, conclui.
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