[weglot_switcher]

Alemanha, França e Holanda avançam com apoios às companhias aéreas

A Lufthansa terá um dos processos de ajudas mais complexos da União Europeia.
4 Abril 2020, 08h00

As principais companhias de aviação europeias e os seus grupos começam a negociar os planos de ajudas públicas com os governos dos seus países, em especial a Lufthansa e a Air France/KLM.

Grupo Lufthansa
Afirmou estar em conversações com os governos da Alemanha, Bélgica, Áustria, Suíça e com as autoridades da União Europeia para pedir ajuda. A Lufthansa referiu que são necessárias ajudas públicas especiais que garantam a sobrevivência do setor da aviação a nível mundial. O Governo alemão já afirmou publicamente que está a avaliar a perspetiva de intervenção do Estado, sendo que prevê um empréstimo de 822 mil milhões de euros para ajudar empresas e trabalhadores. Para além disso, o Estado terá a possibilidade de nacionalizar parcial e temporariamente determinadas empresas para ajudar a atravessar a crise. A Lufthansa será um dos primeiros candidatos à “recapitalização” do Estado. Há 700 aviões da Lufthansa parados, numa frota de 760. Este gigante alemão coloca 31 mil tripulantes e funcionários de terra em redução de horário de trabalho até ao final de agosto.

E o Estado alemão assume 60% da perda salarial líquida de cada funcionário que trabalhe em regime de meio período e 67% se tiver filhos. A administração diz estar preparada para reduzir o tamanho da transportadora depois de superada a crise do coronavírus. A Lufthansa não pagará dividendos de 2019.

Air-France/KLM
O Governo francês disse publicamente estar preparado para ajudar a companhia. O presidente Emmanuel Macron prometeu garantir até 300 mil milhões de euros em empréstimos bancários para apoiar empresas ameaçadas pela Covid-19, incluindo o adiamento do pagamentos de impostos. O ministro das Finanças da Holanda disse que o país fará tudo o que for necessário para manter a Air France-KLM em operação. A companhia anunciou perdas entre 150 a 200 milhões de euros devido à suspensão dos voos para a China entre fevereiro e abril.

Artigo publicado no Jornal Económico de 03-04-2020. Para ler a edição completa, aceda aqui ao JE Leitor

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.