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Alexandra Leitão: “Tecnologia facilita deslocalização dos serviços públicos para o interior”

A ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública vinca que a tecnologia vai ajudar a resolver problemas de baixa densidade populacional no interior, melhorar a mobilidade e resolver problemas de carência habitacional. Declarações proferidas na sessão de encerramento da conferência “Autarquias, empresas e cidadãos”, realizada no âmbito da “Portugal Smart Cities 2020”, organizada pela Fundação AIP e da qual o Jornal Económico é media partner
22 Setembro 2020, 13h59

A ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão, considera que a tecnologia tem um papel relevante na deslocalização dos serviços públicos para o interior do país.

Alexandra Leitão disse, no final desta manhã, na sessão de encerramento da conferência “Autarquias, empresas e cidadãos”, realizada no âmbito da “Portugal Smart Cities 2020”, organizada pela Fundação AIP e da qual o Jornal Económico é media partner que “a tecnologia e a digitalização são instrumentos fundamentais para contrariar a baixa densidade populacional no interior do país e solucionar problemas tão prementes como a carência da habitação, a melhoria da mobilidade, e o limite dos recursos disponíveis, como a água, energia e espaço, nos grandes centros urbanos”.

“É por isso que a tecnologia facilita a deslocalização dos serviços púbicos para o interior, seja através da portabilidade dos postos de trabalho, do teletrabalho ou funções de co-working partilhadas entre a administração central e local. Tudo isto previsto na estratégia para inovação e modernização do Estado e da administração pública aprovada pela minha área governativa para o período de 2020-2023”, reforçou a ministra.

E reforçou a ideia. “Em matéria de deslocalização de serviços para o interior, o que há uns tempos era irrealista, está hoje na nossa mão e é possível”.

Alexandra Leitão deu ainda alguns exemplos de como a administração pública tem respondido aos desafios da sustentabilidade, que é uma componente importante das cidades inteligentes.

“O programa de eficiência energética para a administração pública, o EcoPonto AP, neste programa, o Estado comprometeu-se com a progressiva descarbonização do setor pública com uma meta de redução de 30% dos consumos de energia dos seus serviços e organismos”, disse a ministra, sublinhando depois que “mais  800 mil famílias economicamente vulneráveis passaram a beneficiar da tarifa social de energia sem precisarem de o solicitar” com recurso ao cruzamento de dados já existiam a através do novo portal de interoperabilidade da administração pública, que foi lançado em junho.

Esta plataforma de interoperabilidade da administração pública agrega 123 entidades publicas e privadas “cujos serviços comunicam entre si e garante ainda outros serviços como a troca de informações no âmbito do ciclo de vida do cartão de cidadão, a atribuição automática de bolsas no ensino superior ou o envio de prescrições médicas para o telemóvel”, explicou Alexandra Leitão.

“Isto depois é convertível em números muito expressivos. Seis mil milhões de euros em poupança para o Estado e 400 milhões horas em poupanças de tempo para os cidadãos desde 2007. Em termos de sustentabilidade, neutralizamos 468 toneladas de carbono, ou seja, 30 mil árvores nos últimos 13 anos que foram poupadas em papel”, enalteceu a ministra.

Destaque ainda para o facto de esta semana ter sido atingida a fasquia dos dois milhões de cidadãos que requereram a chave móvel digital, depois de um “significativo aumento” nos últimos três meses por causa das medidas de confinamento que obrigaram ao acesso e assinaturas de documentos de forma digital.

A ministra disse ainda que no âmbito da presidência portuguesa da União Europeia, em 2021, Portugal vai promover um fórum realizado às cidades em inteligentes.

 

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