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Alibaba desafia empresas portuguesas a aproveitarem oportunidades na China

O Alibaba Group reúne em Lisboa representantes de diferentes setores de atividade e marcas portuguesas para debater as oportunidades de negócio no mercado chinês. E aprender, para não fazerem como a Dolce & Gabbana.
29 Novembro 2018, 18h34

O Alibaba Group, empresa de tecnologia global, quer que as empresas portuguesas encontrem oportunidades de negócio no enorme mercado interno chinês usando a plataforma, que está já a ser usada por muitas empresas, com assinalável sucesso.

Rodrigo Cipriani Foresio, diretor-geral do Alibaba para Itália, Espanha, Portugal e Grécia, comenta que “estamos entusiasmados por finalmente termos a oportunidade de nos encontrarmos com as empresas e empresários portugueses e debatermos todas as oportunidades de negociação com a China e de ‘engagement’ com os consumidores chineses e turistas”.

O grupo, que organiza um encontro com empresários, salienta que “o Alibaba é o parceiro escolhido por milhares de marcas em todo o mundo e o nosso ecossistema foi concebido especificamente para os ajudar a construir e consolidar a marca na China”. Foresio adiantou que “estamos já a trabalhar com algumas das mais bem-sucedidas empresas portuguesas no mercado, como a Parfois, CR7 underwear, Mistolin, Delta Cafés, Prozis, Cutipol e Renova, e estamos ansiosos por poder levar à China ainda mais marcas ‘made in Portugal’ de excelência”.

Em 2018, a taxa de penetração da Internet na China atingiu os 57,7%, ultrapassando pela primeira vez a marca dos 800 milhões relativos ao número de utilizadores da Internet e cimentando o posicionamento deste país como a maior comunidade online do mundo. Com uma classe média em expansão que impulsiona o boom de consumo e cria novas oportunidades, a China encerra grandes oportunidades.

Do comércio às viagens, dos smart payments e serviços de cloud, “os executivos seniores do Alibaba Group conseguem fornecer uma visão geral do ecossistema da empresa e das diversas unidades de negócios, destacando a forma como o Alibaba se associa a marcas internacionais e as ajuda a identificar a melhor maneira de abordar um mercado promissor e complexo, como a China”.

Mas nem tudo são excelentes notícias. O mercado chinês tem algumas particularidades que importa conhecer em profundidade, sob pena de as marcas incorrerem em erros que podem transformar-se em enormes desastres.

O mais recente aconteceu este mês com a mais que conhecida marca de moda Dolce & Gabbana, que pode estar de saída da China, depois de ter lançado uma campanha publicitária que foi internamente considerada uma afronta. Em causa esteve um vídeo que visava promover um desfile da marca e que acabou por ser considerado racista e desrespeitador para com as mulheres.

Nos vídeos publicados pela Dolce & Gabbana, uma modelo chinesa tenta, com pouco sucesso, comer massa e pizza com os tradicionais pauzinhos chineses, ao mesmo tempo que um narrador faz várias intervenções, entre elas a pergunta ‘é muito grande para ti?’

A Weibo, uma espécie de Instagram chinês, ‘explodiu’ e o resultado foi o cancelamento do desfile de moda em Xangai, aquele que o vídeo promovia, no último minuto; as lojas online e físicas começaram a rejeitar os artigos da D&G, que segundo as contas da agência Reuters pode estar a pontos de perder cerca de 500 milhões de euros.

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