O ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, diz que Portugal precisa de armazenar e distribuir a água de uma forma mais eficiente, estando ciente de que as soluções não vão agradar a todos os envolvidos.
“Não queremos deixar fugir a água toda para o mar. Sei que haverá sempre controvérsia. Há muita gente que preferia que não se tivesse feito o Alqueva, preferiam o deserto. É uma infraestrutura que já criou 3.300 milhões de euros de riqueza”, referiu José Manuel Fernandes, no encerramento da apresentação do relatório sobre o Impacto do Perímetro de Rega do Mira e da Produção e Comercialização de Pequenos Frutos realizado pela consultora EY, que decorreu na sede da consultora em Lisboa esta terça-feira.
Um dos principais objetivos do ministro da Agricultura passa por baixar o défice agrolimentar, algo que já aconteceu no último ano.
“Temos dito que a agricultura é segurança alimentar. Face à situação geopolítica que vivemos é também defesa. É também autonomia estratégica. O nosso objetivo é diminuir o nosso défice agroalimentar, que em 2023 foi de mais de 5.500 milhões de euros”, salientou.
No entender do ministro muitas vezes só se olha para o custo do investimento e não se olha para o custo do não investimento e para o que se perde pelo facto de não se ter investido no setor agrícola. Como tal, defende entre outras medidas, a necessidade de melhorar o rendimento do agricultor.
“Temos de assumir os compromissos para dar estabilidade e previsibilidade e dar segurança aqueles que investiram, aos perímetros. É claro que serão vários milhões de euros onde teremos o financiamento do PRR, do Fundo Ambiental. Os agricultores não são vilões, são os melhores amigos do meio ambiente”, sublinhou José Manuel Fernandes.
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