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Altice fecha 2019 com crescimento de 1,7%, para 2,11 mil milhões de euros nas receitas

Receitas cresceram para patamar “histórico” em 2019. O investimento entre outubro e dezembro foi o mais elevado dos últimos 16 trimestres. Altice fechou 2019 com 4,9 milhões de casa passadas com fibra ótica, perto do objetivo de chegar às 5,3 milhões em 2020. Dona da Meo apresentou esta terça-feira as contas de 2019.
  • Presidente executivo da Altice Portugal, Alexandre Fonseca
24 Março 2020, 16h36

As receitas da Altice Portugal alcançaram um patamar “histórico” em 2019, com a empresa liderada por Alexandre Fonseca a registar um crescimento de 1,7%, para 2.110 milhões de euros, revelou a telecom esta terça-feira, 24 de março. O resultado é fruto de “quatro trimestres consecutivos de crescimentos homólogos positivos”, apontou a operadora em comunicado, o que “significa voltar ao crescimento após mais de uma década de contração”.

As contas do quarto trimestre registaram a maior subida das receitas face ao período homólogo de 2018, superando a estimativa dos analistas.. Entre outubro e dezembro de 2019, a receita da dona da Meo aumentou 3,3%, o que representou um incremento de 17 milhões de euros no fecho do exercício, “a que acresce, ainda, uma clara tendência de sustentabilidade com aumentos consecutivos trimestre a trimestre ao longo do ano 2019”.

A operadora salientou, ainda, que os resultados de 2019 refletem também “o reforço do investimento, nomeadamente na fibra ótica, como forma de potenciar futuros resultados”. O investimento foi apontado pelo presidente executivo da empresa, Alexandre Fonseca, como “um dos pilares estratégicos” e, por isso, a empresa frisou que essa “estratégia tem vindo a ter reflexos no controlo do churn (desligamentos) e no crescimento sólido das adições líquidas de clientes”.

Os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) decresceu, contudo, no quarto trimestre 1%, o que a empresa considerou representar “uma tendência de melhoria significativa face ao alcançado no final de 2018 (-11,5%)”. Quanto ao ano de 2019, o EBITDA fixou-se nos 832 milhões de euros, “o que, dada a tendência de receita e a imaterialidade da variação, é uma estabilização face ao ano anterior”.

O capex (indicador do investimento) atingiu os 436 milhões de euros, o que representa um aumento de 12 milhões de euros face a 2018. Só no quarto trimestre de 2019,  a Altice Portugal investiu 140 milhões de euros, sendo “o mais elevado dos últimos 16 trimestres”.

A equipa de Alexandre Fonseca garantiu que o investimento resulta “da aposta na expansão da rede móvel 4G, transformação da rede de transporte, investimento na plataforma de televisão e em particular no reforço da infraestrutura de fibra ótica, para alcançar a meta de 5,3 milhões de casas em 2020, uma meta “cada vez mais perto”.

No final de 2019, havia em Portugal 4,9 milhões de habitações passadas com fibra ótica, o que representa 425 mil novas casas “cabladas” com fibra ótica da dona da Meo em comparação com 2018.

Em termos operacionais, a Altice Portugal disse ter conseguido reforçar a sua base de clientes com o crescimento de RGU’s (número de serviços) tanto no negócio fixo, como no negócio móvel pós-pago.

Em 31 de dezembro de 2019, havia mais 80 mil serviços no negócio fixo (voz, banda larga e TV) do que no ano de 2018. As adições líquidas cresceram +18 mil no quarto trimestre de 2019, tendo atingido as 72 mil no total do ano.

 

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