O futuro Museu da Água de Almada vai ser idealizado por alunos do mestrado de Arquitetura da Universidade de Lisboa. A obra está orçada num quarto de milhão e prevê-se que seja inaugurada em 2020, segundo revelou Miguel Salvado, vereador da Câmara Municipal e administrador executivo dos SMAS – Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Almada – ao Jornal Económico.
A parceria, estabelecida entre este organismo e a Faculdade de Arquitetura de Lisboa, na pessoa do professor do mestrado Miguel Baptista-Bastos, permite aos alunos um primeiro contacto com o mundo do trabalho, uma oportunidade para emergir naquilo que será a sua futura vida profissional. Se para alguns poderá vir a ser a única oportunidade de projetar algo, para outros revelar-se-á um caminho que, afinal, não pretendem seguir. Para todos será, no entanto, uma experiência inesquecível.
Miguel Baptista-Bastos, coordenador do projeto na Faculdade de Arquitetura de Lisboa, aponta a parceria como um exemplo a seguir na ligação entre a academia e o mercado de trabalho. “Este protocolo é muito útil para os alunos, pois confere-lhes uma antecipação prática e operativa para a sua futura vida profissional. É fundamental que a academia estabeleça estas parcerias com as autarquias, sendo que este protocolo tem uma dimensão renovadora, auxiliando, deste modo, a autarquia para futuras ideias, visões, estratégias e caminhos para um futuro projeto.”
À partida, o projeto arranca com cerca de 40 alunos de mestrado de Arquitetura da turma lecionada pelo professor e arquiteto Miguel Baptista-Bastos, mas não se esgota aqui. É extensível a todas as turmas e alunos do mestrado de Arquitetura da faculdade que nele queiram entrar, o que representa um universo potencial de 400 alunos.
O trabalho arranca no início do segundo semestre do ano letivo corrente (2018/2019), com a constituição de grupos com o máximo de cinco elementos cada, que vão desenvolver os seus projetos em função do que se pretende: um museu com um espaço para exposições permanentes e temporárias, sempre relacionadas com a temática da água, dotado de um auditório multiusos e de uma zona de interpretação ambiental. O espaço contemplará também uma horta biológica e pedagógica e uma zona museológica tradicional e outra digital.
Os projetos produzidos pelos estudantes chegarão ao SMAS de Almada no final do semestre. “Estamos a dar oportunidade aos atuais alunos e futuros arquitetos de cooperar connosco naquele que poderá vir a ser um museu estratégico para o nosso concelho”, vinca Miguel Salvado.
Os projetos serão depois apreciados e avaliados por um júri a constituir para o efeito, que atribuirá um prémio aos cinco elementos do grupo vencedor: mil euros, que pagam um ano de propinas, mais a oportunidade de estagiar na Câmara Municipal ou no SMAS de Almada.
Artigo originalmente publicado na edição impressa de 21 de dezembro de 2018
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