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“Ameaça aos deputados é uma ameaça à própria democracia”, sublinha ministra Mariana Vieira da Silva

“A ameaça aos três deputados é uma ameaça à própria democracia, o Governo repudia e solidariza-se com as vítimas desta ameaça, a tentativa de condicionamento politico de representantes eleitos é crime e é assim que está a ser tratado”, realçou a ministra.
  • Mariana Vieira da Silva
13 Agosto 2020, 14h22

Mariana Vieira da Silva, ministra de Estado e da Presidência, sublinhou esta sexta-feira que a ameaça da extrema-direita às três deputadas e aos responsáveis da Associação SOS Racismo representam uma ameaça à democracia e que o Governo repudia este tipo de atos.

“A ameaça aos três deputados é uma ameaça à própria democracia, o Governo repudia e solidariza-se com as vítimas desta ameaça, a tentativa de condicionamento politico de representantes eleitos é crime e é assim que está a ser tratado”, realçou a ministra.

A Policia Judiciária (PJ) está a investigar ameaças feitas à associação SOS Racismo e a três deputadas. Em causa está um email recebido pela SOS Racismo com uma lista de dez pessoas que, de acordo com a exigência do remetente, têm 48 horas para sair de Portugal. Entre os nomes estão as deputadas Mariana Mortágua e Beatriz Gomes Dias do Bloco de Esquerda (BE) e Joacine Katar Moreira, deputada não inscrita.

Mamadou Ba, da SOS Racismo, já foi ouvido esta tarde nas instalações da Policia Judiciária em Lisboa. Em declarações à “RTP”, o BE indica que fez chegar esta informação ao “conhecimento à Polícia Judiciária e que vai apresentar queixa ao Ministério Público”.

A rádio “TSF”, teve acesso ao email no qual a denominada “Nova Ordem de Avis – Resistência Nacional” ameaça com “medidas contra estes dirigentes e os seus familiares” caso o prazo seja ultrapassado e adianta que “o mês de agosto será mês da luta contra os traidores da nação e do reerguer nacionalista”.

O Presidente da República manifestou-se esta quinta-feira sobre a ameaça da extrema-direita a dez cidadãos portugueses, entre os quais três deputadas do Parlamento, e considerou que este ato, apesar de ter ganho notoriedade, “é tão condenável contra deputados como seria contra qualquer outro cidadão”.

“Este ato ganhou uma maior notoriedade mas é tão condenável um ato destes contra deputados como contra qualquer outro cidadão. Esta situação ganha outra dimensão na medida em que é contra deputados”, realçou o Presidente da República.

 

 

 

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