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“ANA assume o risco e o financiamento do novo aeroporto”

Fonte oficial da ANA revela que, não havendo dinheiro público no Luís de Camões, as taxas do Humberto Delgado vão subir 1,7 euros por ano entre 2026 e 2030. Nessa altura, cada passagem pagará mais 8,5 euros – hoje as taxas totalizam os 15,15 euros –, a que se juntará à actualização anual da inflação. No fim, serão cerca de dez euros a mais.
ANA Aeroporto Thierry
7 Fevereiro 2025, 07h37

O aumento das taxas aeroportuários pode reduzir a capacidade do aeroporto de Lisboa atrair companhias aéreas e pode, por isso, custar passageiros?

A evolução das taxas aeroportuárias prevista no relatório inicial representa um aumento total inferior a dez euros [8,5 euros] por passageiro até 2030, isto é, 1,7 euros por ano a mais por passageiro/voo [mais ajustamento via inflação]. É disto que estamos a falar e que vai permitir não haver financiamento público para pagar o custo de 8,5 mil milhões de euros na construção da maior infraestrutura portuguesa da era moderna, que terá cinco vezes a área do Aeroporto Humberto Delgado, implicará a movimentação de mais de 40 milhões de metros cúbicos de terra, a utilização de estruturas metálicas equivalentes a seis Torre Eiffel, dando lugar a um aeroporto com duas pistas, 120 stands de um terminal de cerca de 600 mil metros quadrados. Pela sua transparência, as taxas aeroportuárias são alvo de um elevado escrutínio e de debate públicos. Há outros fatores que impactam mais as estimativas de tráfego do que o valor das taxas. Estamos a falar do custo das medidas relacionadas com a regulamentação ambiental europeia (o pacote Fit for 55), que impõe às companhias a crescente utilização de combustíveis sustentáveis, cujo custo é atualmente três vezes mais elevado do que o do Jet-A1, e a obrigação de compensações por emissões de CO2 (créditos de carbono). A estes fatores, acresce ainda o custo adicional da viagem (dinheiro e tempo) que decorre da deslocação dos passageiros a um aeroporto mais afastado. Este último custo pode atingir dezenas de euros, isto é, várias vezes a evolução das taxas propostas pela ANA.

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