A antiga eurodeputada Ana Gomes escreveu uma carta para a Comissão Europeia a pedir para Bruxelas analisar o negócio de venda de seis barragens no rio Douro pela EDP a um consórcio francês liderado pela Engie por 2,2 mil milhões de euros.
“Existem várias razões pelas quais o escrutínio da Comissão Europeia é necessário, por possível esquema de fuga ao fisco, auxílio estatal ilegal, corrupção e má gestão de bens do Estado”, escreveu a ex-candidata presidencial na missiva endereçada à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Ana Gomes considera que “esta opacidade e confusão nunca devia ser tolerada pelas autoridades, ainda mais quando a maioria dos cidadãos enfrenta o desemprego e condições de extrema dificuldade, como resultado da pandemia da Covid, e quando os cofres do Estado precisam de angariar impostos e outros recursos para sustentar a recuperação económica e reforçar os serviços de saúde e outros serviços públicos”.
“As contradições e a aparente negligência pelo Governo português neste caso envolvendo a EDP, com uma longa história de rendas excessivas, porta giratórias, corrupção e outras práticas criminais, alimenta suspeitas de captura do Estado e, claro, dá munições para as forças extremistas antidemocráticas”, segundo a missiva.
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