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Anacom espera “fase profícua e de colaboração” com a Apritel em prol dos consumidores

A diretora do departamento de informação e consumidores, Teresa Caetano, afirmou ao Jornal Económico que a Anacom está disponível “para colaborar em tudo o que seja necessário para que o setor das comunicações seja cada vez melhor e esteja mais ao serviço dos consumidores”. O histórico recente do setor das comunicações apresenta um clima de tensão entre os principais operadores de telecomunicações e o regulador.
  • Diretora do Departamento de Informação e Consumidores da Anacom, Teresa Caetano
13 Novembro 2019, 12h56

A Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) expressou publicamente, esta, quarta-feira um voto de confiança na nova direção da Associação dos Operadores de Comunicões Eletrónicas (Apritel), sobre a qual espera uma “fase mais profícua e de colaboração” entre as duas entidades para bem dos consumidores.

“É um voto de confiança na Apritel, na nova liderança e na disponibilidade da Anacom para colaborar em tudo o que seja necessário para que o setor das comunicações [eletrónicas] seja cada vez melhor e mais ao serviço dos consumidores”, afirmou diretora do departamento de informação e consumidores (DIC) da Anacom, Teresa Caetano, ao Jornal Económico, quando questionada pela sua presença institucional na apresentação do primeiro estudo sobre os preços dos serviços predominantes entre os consumidores portuguesa, promovido pela Apritel.

Teresa Caetano saudou a Apritel pelo estudo promovido – que conclui que só os franceses pagam menos que os portugueses por comunicações eletrónicas na União Europeia -, considerando a informação disponibilizada como “fidedigna” e que traz “mais elementos ao mercado e aos consumidores” para melhores decisões.

Salientando que “é muito difícil” realizar análises ao setor das telecomunicações, pelas realidades díspares do mercado em cada país, a responsável pelo DIC disse que espera que uma “fase mais profícua” da associação das operadoras, tendo em conta o perfil “low-profile [discreto] que assumiu nos últimos tempos”.

O histórico recente do setor das comunicações apresenta um clima de tensão entre os principais operadores de telecomunicações e o regulador, atualmente chefiado por João Cadete de Matos. Criada em  1995, a Apritel foi criada pelas empresas de telecomunicações para que exista uma voz única das posições consensuais e concertadas dos playersdo setor. A entidade, ainda assim, acabou sempre remetida a um papel mais discreto. Com a entrada de Pedro Mota Soares, um dos desafios é dar um papel mais relevante à entidade.

Anacom e Apritel ainda não se reuniram, desde que Pedro Mota Soares assumiu o cargo de secretário-geral da associação das operadoras. Questionada por um futuro encontro, Teresa Caetano disse desconhecer datas, porque essa decisão não cabe ao DIC.

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