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André Silva volta a ser cabeça de lista pelo PAN em Lisboa

O atual deputado do PAN, André Silva, volta a ser cabeça de lista do PAN por Lisboa e o objetivo é eleger uma bancada parlamentar que reforce o trabalho que tem vindo a ser feito. Atriz Sandra Cóias integra as listas por Lisboa.
24 Julho 2019, 13h14

O partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) anunciou esta quarta-feira os cabeças de lista para as legislativas de outubro, bem como as linhas programáticas que vão orientar a ação do partido. O atual deputado do PAN, André Silva, volta a ser cabeça de lista do PAN por Lisboa e o objetivo é eleger uma bancada parlamentar que reforce o trabalho que tem vindo a ser feito.

As listas divulgadas, em conferência de imprensa pelo partido, são constituídas por 129 homens e 164 mulheres, cujas idades variam entre os 20 e os 67 anos. Nas listas há novos nomes, mas também caras já conhecidas do grande público, sendo estas compostas por profissionais das mais diversas áreas, nomeadamente justiça, ambiente, ensino, economia e gestão, saúde ou proteção animal.

Em Lisboa, a lista liderada por André Silva, traz a jurista Inês de Sousa Real, de 38 anos, que foi provedora dos Animais de Lisboa e candidata do PAN à Câmara Municipal de Lisboa, como número dois. Seguem-se o programador informático Nelson Silva, com 34 anos, a assessora administrativa principal do PAN Sandra Marques, de 35 anos, e Pedro Silva, de 51 anos, que, se for eleito, será o primeiro deputado surdo da Assembleia da República.

A fechar a lista por Lisboa estão ainda a atriz Sandra Cóias, que ocupa o 11.º lugar da lista, bem como João Paulo Oliveira e Costa, professor Catedrático e Diretor do Centro de História d’Aquém e d’Além-Mar (CHAM) e a escritora Manuela Gonzaga.

O círculo eleitoral do Porto é encabeçado pela psicóloga Bebiana Cunha, de 33 anos, eleita municipal no concelho do Porto. Seguem-se o engenheiro eletrotécnico Jorge Ribeiro, de 39 anos, e Anabela Castro, psicóloga, com 49 anos. Já em Setúbal, a cabeça de lista será advogada Cristina Rodrigues, de 33 anos, seguida de Artur Alfama, consultor financeiro com 42 anos e de Suzel Costa, especialista superior de Medicina Legal, com 52 anos.

A julgar pelos resultados das eleições europeias, em que o PAN conquistou o voto de mais de 160 mil portugueses, o partido pode conseguir eleger seis deputados nas próximas legislativas. Transpondo os dados das europeias para as legislativas, o partido consegue eleger três deputados por Lisboa, dois pelo Porto e um por Setúbal.

 

Ambiente, proteção animal e combate à corrupção como prioridades 

O programa eleitoral do PAN, bem como o calendário e ações de campanha, só vão ser apresentados no final do mês de agosto. O partido liderado por André Silva já definiu, no entanto, algumas das áreas que vão ser determinantes no atual contexto político e social nacional: combate à corrupção, ambiente, agricultura, saúde ou proteção animal.

Neste sentido, o PAN propõe, “no quadro de uma proposta de revisão constitucional”, a criação de um tribunal com competência exclusiva para o julgamento de crimes de corrupção, acompanhada de um “significativo reforço dos meios técnicos e humanos na área da justiça”.

No que toca ao ambiente, o PAN quer concretizar “uma efetiva justiça ambiental”, com a introdução dos crimes contra a natureza no elenco do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e a criação de secções especializadas em matéria ambiental nos Divisões de Investigação e Ação Penal (DIAP). O partido defende também a criação de um Seguro Público “afeto a um superfundo ambiental para efeitos de remediação dos danos ambientais e proteção social dos trabalhadores”.

O PAN quer ainda corrigir as distorções de mercado que se verificam no preço final dos produtos provenientes da Agricultura Biológica, através de políticas fiscais que beneficiem modos de produção de alimentos mais sustentáveis, e criar um sistema público médico-veterinário de apoio às famílias carenciadas e aos movimentos associativos, com hospitais públicos nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto e nas comunidades intermunicipais.

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