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André Ventura apela a eleitores do PSD, CDS e Iniciativa Liberal para votarem útil no Chega

Líder partidário defende que o “Bloco Central de Rui Rio e António Costa” já existe, mas promete “forçar um governo de direita” e combater o socialismo, esperando obter uma votação acima dos 10% nas legislativas.
  • André Ventura
3 Dezembro 2021, 20h00

O presidente do Chega, André Ventura, apelou diretamente aos eleitores do PSD, do CDS-PP e da Iniciativa Liberal (IL) para votarem no seu partido nas legislativas de 30 de janeiro, apontando-o como o “voto útil” na “única força política que faz oposição ao socialismo” em Portugal.

“Um voto no PSD é um voto no PS”, disse Ventura, numa conferência de imprensa convocada para apresentar os primeiros cabeças de lista do Chega, sublinhando que na atual legislatura o PS votou mais vezes da mesma forma que o PSD do que com o Bloco de Esquerda e o PCP. “O Bloco Central não vai existir na próxima legislatura. Já existe e os portugueses vão ter que optar entre o Bloco Central de Rui Rio e António Costa e a oposição”, acrescentou, voltando a dizer que o Chega é a única oposição existente.

Sobre o CDS-PP e a Iniciativa Liberal, Ventura disse que “são pontos soltos” no sistema eleitoral, tratando-se de “votos perdidos” nas próximas legislativas. “Todos sabemos que não vão ter grande expressão eleitoral”, disse o atual deputado único do Chega, que voltará a ser cabeça de lista pelo círculo de Lisboa nas próximas legislativas.

Voltando a apontar os objetivos de afirmar o Chega como a terceira força eleitoral portuguesa e de “forçar um governo de direita”, o líder partidário defendeu que só um bom resultado eleitoral evitará que o partido seja “isolado” e “condicionado” na próxima legislatura. “Uma votação acima dos 10%, ou na nossa meta de 15%, obrigará qualquer futuro governo a ter em consideração as grandes transformações que o Chega quer implementar”, disse.

Entre essas transformações apontou áreas como a Justiça, a Economia, a Fiscalidade, o Sistema Eleitoral e a Reforma da Administração Pública, mas também não esqueceu outras prioridades para “manter o ADN genuíno” do Chega, como a castração química de pedófilos, a pena de prisão perpétua ou a garantia de que “algumas minorias não estejam acima da lei”.

Além de André Ventura, foram apresentados como cabeças de lista do Chega às legislativas o atual vice-presidente do partido e vereador da Câmara de Santarém, Pedro Frazão, pelo círculo de Santarém; o secretário-geral Pedro Pinto pelo círculo de Faro; e o líder distrital João Tilly pelo círculo de Viseu, além de José Dias Fernandes e João Janela Baptista Silva pelos círculos da emigração da Europa e de Fora da Europa.

Também apontados como candidatos a deputado foram o líder distrital lisboeta Pedro Pessanha, quarto da lista, no que Ventura disse ser “lugar elegível segundo as sondagens”, bem como o mandatário nacional Pedro Arroja, em “lugar provavelmente elegível” num círculo que não foi identificado. E também constarão das listas o vice-presidente e coordenador do programa eleitoral do Chega, Gabriel Mithá Ribeiro – que avançou com a promessa da criação de um Ministério da Família -, a mandatária para a juventude, Rita Matias, e o mandatário financeiro, Rui Paulo Sousa.

André Ventura prometeu “uma lista de combate” nas legislativas, com pessoas da sua confiança, visto que “podemos vir a ter de enfrentar miniciclos políticos, com eleições não desejadas em ciclos curtos”. Por anunciar ficaram os cabeças de lista a vários círculos em que o Chega tem a expectativa de eleger deputados, como Porto, Braga, Aveiro ou Setúbal.

 

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