O fundador e deputado único do Chega, André Ventura, foi reeleito presidente neste sábado, obtendo 99,4% dos votos dos militantes que participaram no ato eleitoral, ao qual não se apresentou nenhum outro candidato. Outra boa notícia para o líder partidário mais à direita na Assembleia da República foi o “chumbo” do regresso da pena de morte em referendo interno, com 56% de votos contra, depois de Ventura se ter afirmado contrário à pena capital devido à sua “fé e formação católica”.
“Não é todos os dias que um líder de um partido com assento no Parlamento, com um ano de desgaste parlamentar, com várias lutas internas e externa, consegue uma percentagem acima dos 99%”, disse Ventura nesta noite, na sede nacional do Chega, em Lisboa, após serem conhecidos os resultados oficiais, que incluíram 15 votos em branco e sete votos nulos.
Para o líder reeleito, que saudou a participação dos militantes que se deslocaram ao longo do dia às mesas de voto nos 18 distritos de Portugal Continental, na Madeira e nos Açores (cerca de 40% dos 11.313 que tinham as quotas em dia), a dimensão da vitória irá reforçar o partido para “travar batalhas fundamentais para o seu futuro”, estando desde já a primeira materializada no projeto de revisão constitucional que será entregue na Assembleia da República ainda em setembro.
André Ventura voltou a elevar a fasquia para o futuro do partido, estabelecendo a meta de “remeter o Bloco de Esquerda e o PCP para o estatuto de quarta, quinta ou sexta forças políticas”, o que faria do Chega o terceiro partido mais votado nas próximas legislativas, tendo “como destino” a chegada ao Governo no espaço de seis anos.
No horizonte próximo está a II Convenção Nacional, marcado para 19 e 20 de setembro em Évora, na qual serão eleitos os órgãos nacionais do partido que obteve 1,29% nas legislativas de 2019, com 67.826 votos, mas nas sondagens mais recentes surge com cinco ou seis vezes mais intenções de voto.
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