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Angola dividida entre China e Europa na procura de mais financiamento para desenvolver economia

A ministra das Finanças de Angola, referiu à Reuters, que se a proposta chinesa não vier acompanhada de mais financiamento, que permita a Angola reduzir a sua inflação e aumentar o emprego no curto prazo, assegurando também indústrias robustas das quais possa depender no futuro, a China poderia perder para a concorrência europeia. A governante salientou que a proposta da Europa, por um lado, tem como uma das suas exigência que Angola compre os seus produtos mas, por outro lado, canaliza novos financiamentos a Angola.
3 Setembro 2024, 18h07

A ministra angolana das Finanças, Vera Daves de Sousa, considerou que a China precisa de aumentar o seu financiamento ao país se quiser ter mais produtos fabricados na China em Angola, avança a Reuters.

Vera Daves de Sousa salientou que desde que Angola saiu da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) em dezembro, o país tem procurado maneiras de reforçar as suas finanças, e também a sua segurança alimentar, crescer a área das pescas, e atrair mais investimento que crie emprego para o interior.

A agência noticiosa destaca que Angola tem reservas de metais e recursos agrícolas, dando como exemplo a a cana-de-açúcar, o café, o algodão e o gado. Todavia, não têm tido tanto destaque como o petróleo, que representa 95% das exportações do país.

Tendo em conta este cenário, a Reuters sublinhou que a China manifestou vontade em ajudar Angola a modernizar o seu sector agrícola, fazer crescer as indústrias, e diversificar a economia, em troca de importações de mais produtos chineses.

A ministra das Finanças angolana referiu, à Reuters, que a “discussão é difícil”, tendo em conta que esta tem de ser acompanhada da “solução de financiamento”.

A governante acrescentou que se as receitas fiscais de Angola “fossem suficientemente fortes”, permitindo ao país “escolher com base nos critérios de qualidade e preço”, a discussão seria “totalmente diferente”.

Vera Daves de Sousa salientou ainda que se a proposta chinesa não vier acompanhada de mais financiamento, que permita a Angola reduzir a sua inflação e aumentar o emprego no curto prazo, assegurando também indústrias robustas das quais possa depender no futuro, a China poderia perder para a concorrência europeia. A governante salientou que a proposta da Europa, por um lado, tem como uma das suas exigência que Angola compre os seus produtos mas, por outro lado, canaliza novos financiamentos a Angola.

A ministra das Finanças angolana disse, à Reuters, que o país vai comprar mais painéis solares vindos da Europa porque “o financiamento vem de lá”.

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