O presidente da República, João Lourenço, valorizou o conteúdo das relações que Angola tem vindo a manter com os Emirados Árabes Unidos, reforçadas esta segunda-feira com a assinatura de pelo menos 44 acordos em diferentes domínios e que, quantificados, representam uma injeção de 6,5 mil milhões de dólares na economia angolana, refere o ‘Jornal de Angola’.
João Lourenço discursava perante a delegação dos Emirados chefiada pelo seu líder, o xeque Mohammed Bin Zayed Al Nahyan, e de vários membros do executivo angolano. Segundo o chefe de Estado, este montante vai ter “um indiscutível impacto na criação de milhares de postos de trabalho, que vão absorver essencialmente jovens com diferentes níveis de qualificação”. “Está no centro das nossas preocupações a resolução dos problemas que decorrem da pobreza que ainda afecta segmentos consideráveis da sociedade angolana”, sublinhou.
O presidente da República acrescentou: “É sempre em busca de respostas urgentes e duradouras para estas questões que nos desdobramos de forma incessante em contactos com os nossos parceiros de cooperação internacional, no sentido de absorver experiências, conhecimento e recursos destinados a aplicá-los com a finalidade de alcançarmos os bons resultados que almejamos, tendo sempre em conta que, para esse efeito, é necessário tempo, perseverança, paciência, colaboração e solidariedade entre todas as forças vivas da Nação, tal como ocorre no vosso país, onde os sucessos que vêm alcançando decorrem muito da conjunção dos fatores que antes referenciei”.
O líder da monarquia está em Angola para uma visita de Estado a convite do presidente João Lourenço. Formas de fortalecer os laços entre os Emirados Árabes Unidos e Angola, particularmente nas áreas de desenvolvimento e economia, “para servir interesses comuns e promover o desenvolvimento conjunto e a prosperidade dos seus povos” estão no topo da agenda, segundo avançava a imprensa árabe.
Em junho passado, o presidente João Lourenço recebeu o xeque Shakhboot bin Nahyan Al Nahyan, ministro de Estado dos Emirados Árabes Unidos, no início de sua visita oficial à capital angolana. Durante o encontro, os dois lados discutiram as relações bilaterais e formas de aprofundar a cooperação, destacando iniciativas conjuntas e oportunidades para ampliar o intercâmbio em diversas áreas, com benefícios mútuos para ambos os países, referia então a imprensa angolana. A visita do xeique Shakhboot bin Nahyan a Angola reforça o compromisso dos Emirados com a construção de parcerias sólidas, voltadas para o crescimento conjunto e a promoção da prosperidade compartilhada.
A presença do chefe do governo vem reforçar ainda mais o relacionamento entre dois países produtores de petróleo que, neste particular, se têm afastado, desde que Angola optou por deixar a OPEP, no final de2023. Na altura, o argumento do governo angolano prendia-se com limites à produção estabelecidos pela organização, que atribuiu uma quota de produção ao país de 1,110 milhões de barris por dia. “Sentimos que neste momento Angola não ganha nada mantendo-se na organização e, em defesa dos seus interesses, decidiu sair”, afirmava o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo.
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