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Ano de 2018 vai bater o recorde de novas empresas em Portugal, devido ao turismo e construção

Em geral, as atividades ligadas ao turismo mantêm a grande contribuição para o nascimento de novas empresas: Atividades imobiliárias (mais 659 nascimentos, +23,8%), em especial nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto; Construção (mais 513 nascimentos, +19,1%) com maior destaque nas atividades de construção e promoção imobiliária nos concelhos de Lisboa e Sintra. Os distritos de Setúbal e Lisboa têm os maiores crescimentos de novas empresas.
  • REUTERS/Rafael Marchante/
9 Outubro 2018, 16h27

A criação de novas empresas continua a crescer e até final do terceiro trimestre de 2018 surgiram 33.898 novas empresas e outras organizações, o que representa um crescimento de 8,9% face ao mesmo período do ano passado, avança a Informa D&B.

“Estes valores, dada a consistência que revelam ao longo dos últimos 9 meses, vão fazer de 2018 o ano de recorde de nascimento de empresas em Portugal”, adianta a instituição liderada por Teresa Cardoso de Menezes.

Os encerramentos também registam uma subida face ao período homólogo, enquanto as novas insolvências mantêm o ciclo de descida, conclui a Informa D&B.

“O cumprimento dos prazos de pagamento a fornecedores manteve-se semelhante ao dos primeiros meses de 2018, nos valores mais baixos desde 2007, com apenas 14,9% das empresas a cumprir”, revela o comunicado.

Turismo a crescer e a recuperação da Construção

O setor dos serviços (aquele que conta mais entidades no tecido empresarial) tem desde o início do ano mais 11.052 empresas, um crescimento de 8,9% quando comparado com o mesmo período de 2017, segundo a Informa D&B. Entre estas, destaca-se a forte contribuição dos serviços profissionais às empresas, serviços de saúde, as atividades de animação turística e agências de viagens.

Em geral, as atividades ligadas ao turismo mantêm a grande contribuição para o nascimento de novas empresas: Atividades imobiliárias (mais 659 nascimentos, +23,8%), em especial nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto; Construção (mais 513 nascimentos, +19,1%) com maior destaque nas atividades de construção e promoção imobiliária nos concelhos de Lisboa e Sintra; Transportes (mais 481 nascimentos, +54,4%) em particular as atividades de transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros, que mais que duplicou nos primeiros 9 meses de 2018.

Também o setor de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) mantém um forte crescimento de novas empresas, com a constituição de 1.337 entidades desde o início de 2018 (mais 196 empresas, +17,2%). Neste setor, com um total mais 7.500 empresas, onde quase 70% exercem atividades de Consultoria e programação informática, quase metade do volume de negócios é gerado pelas Telecomunicações, que quase duplicou a constituição de novas empresas na última década.

Entre janeiro e o final de setembro deste ano, o distrito de Lisboa destaca-se como o distrito com maior número de novas empresas (11 769), seguindo-se o distrito do Porto, com 6 062 novas entidades. Relativamente ao mesmo período do ano passado, os maiores crescimentos em novas empresas verificam-se em Setúbal (+19,5%) e Lisboa (+13,9%).

Nos últimos 12 meses, o rácio entre nascimentos e encerramentos a nível nacional é de 2,6 (há 2,6 novas empresas por cada uma que encerra). Entre todos os distritos, Faro regista o melhor valor, com um rácio de 3,6.

Os encerramentos de empresas registaram no final dos primeiros 9 meses do ano um crescimento de 18,6% quando comparado com o mesmo período de 2017. Os setores que mais contribuíram para este registo foram os Serviços (2 732 encerramentos) e o Retalho (2101 encerramentos) a que correspondem subidas face ao período homólogo de 9,7% e 16,7%, respetivamente.

Insolvências mantêm tendência de queda
As novas insolvências mantêm a tendência de descida e nos primeiros 9 meses do ano houve menos 1.809 novos processos iniciados, o que representa uma descida de 11% face ao mesmo período de 2017.

“A esmagadora maioria das novas insolvências concentram-se nas Indústrias transformadoras, Serviços, Retalho, Construção e Grossistas, ainda que todos estes setores registem uma descida face ao período homólogo”, diz a Informa D&B.

Já no que toca a prazos de pagamento, em setembro, a percentagem de empresas que pagam dentro dos prazos acordados (14,9%) manteve-se semelhante à dos primeiros meses de 2018, nos valores mais baixos desde 2007, sendo transversal a todos os setores e regiões.

Este indicador está em queda desde setembro de 2017. No entanto, o atraso médio de pagamento situa-se nos 25 dias, valor semelhante ao registado nos últimos 12 meses, pois mais de 2/3 das empresas pagam com um atraso até 30 dias, conclui o comunicado.

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