[weglot_switcher]

António Costa admite que “nas circunstâncias que temos hoje” não teria mantido medidas do Natal

Em debate no Parlamento, o líder do Executivo socialista assumiu “plena responsabilidade pelas circunstâncias em que o país está hoje”, mas sublinhou que o Governo procurou tomar medidas com base na “melhor informação científica” que tinha então disponível.
  • António Cotrim / Lusa
19 Janeiro 2021, 16h30

O primeiro-ministro, António Costa, admitiu esta terça-feira que, se soubesse o que sabe hoje, não teria mantido as medidas menos restritivas do Natal. O líder do Executivo socialista assumiu “plena responsabilidade pelas circunstâncias em que o país está hoje”, mas sublinhou que o Governo procurou tomar medidas com base na “melhor informação científica” que tinha então disponível.

“Nas circunstâncias que temos hoje, nenhum de nós teria tomado aquelas medidas. As medidas são tomadas em função das circunstâncias e dos dados que temos. Procurámos sempre que as decisões sejam tomadas com base na melhor informação científica”, confessou António Costa, no debate sobre política geral, na Assembleia da República, em resposta ao líder parlamentar do CDS-PP, Telmo Correia.

Telmo Correia referiu que o país está num momento em que “está prestes a acontecer aquilo que desejávamos que não acontecesse”, referindo-se ao aumento drástico no número de novos casos de infeção pela Covid-19 e ao aumento do número de mortes, que ultrapassou a barreira dos 200. “Se soubesse o que sabe hoje, teria tido as mesmas medidas para o Natal?”, questionou.

Assumindo “plena responsabilidade pelas circunstâncias em que o país está hoje”, António Costa disse ainda a Telmo Correia: “Se o senhor deputado acha que resolve os problemas do país dizendo que a culpa foi minha pela forma como as famílias celebraram o Natal e que é, por isso, que estamos como estamos, ofereço-me já a esse sacrifício e deixo à sua consciência se acha que foi eu o responsável pela situação em que estamos”.

Recorde-se que, no Natal, foi permitida a circulação entre concelhos e, na noite de 24 para 25, os restaurantes puderam estar a funcionar até à 01h00 e foi permitida a circulação na via pública até às 2h00.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.