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António Costa: CGD “ultrapassou momento de negação”

“Se há coisa que não podem é acusar este governo de não colaborar com os bancos”, defendeu o primeiro-ministro, em entrevista à RTP.
5 Dezembro 2016, 22h23

O Primeiro-Ministro António Costa reconheceu a existência de “um conjunto de episódios que não são positivos” relativamente à administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD), mas defendeu que, neste momento, o banco público “ultrapassou o momento de negação” e que a auditoria de verificação do conjunto das imparidades, ainda em curso, trouxe “luz sobre a real situação financeira” da CGD.

Em entrevista à RTP, o Primeiro-Ministro elogiou o plano de capitalização e reestruturação negociado com a Comissão Europeia, que vai permitir assegurar que a CGD continuar a ser um “pilar da estabilidade do sistema financeiro”. “Se há coisa que não podem é acusar este governo de não colaborar com os bancos. Hoje podemos olhar para o sistema financeiro com tranquilidade e confiança”, frisou António Costa.

Sobre o valor das imparidades, que se soube hoje que deverá atingir os 2,7 mil milhões de euros no final deste ano, António Costa frisou a necessidade de confiar no trabalho das empresas de auditoria, cuja “função é apurar a verdade”, para a construção “de uma política sustentável e séria”. O Primeiro-Ministro acusou o anterior governo de “maquilhar” a situação da CGD “para se poder dizer que houve uma saída limpa”.

Relativamente à saída de António Domingues da administração da CGD, António Costa recusou comentar, defendendo apenas que “tudo o que foi acordado com António Domingues foi escrupulosamente cumprido pelo Governo”: a garantia de “luz verde da Comissão Europeia para o plano de recapitalização”, a garantia de que a administração e funcionários da CGD teriam “um regime salarial compatível com o sistema de mercado” e de “que não seria aplicado o estatuto de gestor público”.

 

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