O primeiro-ministro e secretário-geral do PS, António Costa, disse que as verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) servirão para reforçar as prioridades da Câmara de Lisboa no que toca à política de habitação e à mobilidade. Durante a apresentação oficial da recandidatura de Fernando Medina, que decorreu nesta segunda-feira na Estufa Fria, Costa realçou que 2.750 milhões de euros destinados à habitação irão contribuir para fomentar o arrendamento acessível e terminar a “situação inaceitável de haver milhares de famílias que continuam a não ter habitação condigna”.
António Costa também não se esqueceu do PRR ao referir-se à extensão da linha vermelha do Metropolitano de Lisboa a Alcântara como exemplo do “novo ciclo de investimentos” que, nas suas palavras, permitirá que a zona ocidental da cidade, “sempre abandonada e esquecida, seja servida com transportes públicos de qualidade”.
Numa cerimónia com lotação limitada pelas regras de saúde pública, mas que foi transmitida online e a que não faltaram figuras do PS e do Governo, como Ana Catarina Mendes, Pedro Siza Vieira ou Vieira da Silva, António Costa disse que a obra de Fernando Medina “fala por si” e que “Lisboa mudou para melhor”, sendo agora necessário lidar com as sequelas da pandemia na capital portuguesa.
Sublinhando que, além do turismo, Lisboa tem sido destino preferencial do investimento direto estrangeiro em Portugal, com reflexos no número de postos de trabalho qualificado que contribuiu “para a fixação na cidade da geração mais qualificada que Portugal já teve”, o primeiro-ministro e secretário-geral do PS elogiou ainda Medina pela proposta que fez, enquanto presidente da Área Metropolitana de Lisboa – e em conjunto com o homólogo da Área Metropolitana do Porto, o também socialista presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues -, para a criação do novo modelo de passe social nos transportes públicos.
Recados a Carlos Moedas
Sem nunca mencionar os adversários de Fernando Medina, nomeadamente o ex-comissário europeu Carlos Moedas, que encabeça uma coligação do PSD com o CDS-PP e outros partidos, António Costa não se esqueceu de deixar várias “farpas” a essa candidatura. “Esta cidade não pode ser um espaço de aventura política e de contabilização de jogos partidários”, disse o primeiro-ministro.
Mas logo no início da sua intervenção António Costa dissera que Medina, “ao contrário de outros, não é candidato para a preservação do líder do PS por interposta pessoa”, numa referência implícita à importância do resultado de Carlos Moedas em Lisboa para a manutenção de Rui Rio à frente do PSD. “O líder do PS felizmente está de boa saúde”, acrescentou o primeiro-ministro e secretário-geral do PS, para quem o atual presidente da Câmara de Lisboa protagoniza “uma candidatura pela cidade, para a cidade e para os lisboetas”.
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