O atual primeiro-ministro e secretário-geral do PS, António Costa, iniciou ontem uma viagem pela Estrada Nacional 2 (EN2), que liga Chaves a Faro em mais de 700 quilómetros, para “ganhar inspiração” para as eleições legislativas de outubro. De acordo com o relatório de sinistralidade rodoviária divulgado em dezembro de 2016, no âmbito do PENSE 2020 – Plano Estratégico Nacional de Segurança Rodoviária, trata-se de uma das 10 estradas mais mortíferas do país. E os autarcas de Aljustrel e Castro Verde exigem obras num troço que se encontra em “estado lastimável”.
“[A EN2] é uma fonte de inspiração para uma nova etapa que iremos iniciar em outubro [eleições legislativas], sendo sempre necessário voltar às raízes para arrancar com mais força para o futuro”, destacou ontem Costa, no final de uma visita ao Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso (MACNA), em Chaves, onde está situado o quilómetro zero da estrada que liga a localidade no distrito de Vila Real a Faro, ao longo de mais de 700 quilómetros.
Na edição de 2 de agosto, o jornal “Correio Alentejo” noticiou que “os presidentes das câmaras municipais de Aljustrel e de Castro Verde exigiram, nesta quinta-feira, 1 de agosto, obras de requalificação do troço de cerca de 20 quilómetros da Estrada Nacional 2 que liga as duas localidades. A exigência foi apresentada por Nelson Brito e António José Brito durante uma reunião que mantiveram, em Lisboa, com o secretário de Estado das Infra-estruturas, Jorge Delgado”.
Segundo o mesmo jornal, “na opinião do autarca aljustrelense, o troço da EN 2 entre Aljustrel e Castro Verde encontra-se em ‘estado lastimável’, não sendo admissível ‘a manutenção desta estrada nas atuais condições’. (…) ‘Exigimos com firmeza obras urgentes no troço Castro Verde/Aljustrel da EN 2 e, ao mesmo tempo, que seja corrigido rapidamente o acesso Norte à vila de Entradas no IP2. Uma e outra situações merecem o nosso grande descontentamento e desagrado’, acrescentou António José Brito”.
O líder do PS vai percorrer, ao longo das próximas semanas, a EN2, que considera ser “um grande eixo” que atravessa todo o país na “sua diversidade, saberes, sabores e paisagens”. O país tem de “saber valorizar” um “grande eixo de potencial de desenvolvimento”, afirmou, de acordo com a Agência Lusa. O primeiro-ministro defende que Portugal deve saber valorizar-se “a partir dos equipamentos culturais que tem, do seu património cultural, natural e da força muito grande que o turismo tem, pela oferta diversificada que oferece”, sublinhou.
Após a visita ao museu, o secretário-geral do PS visitou as Termas de Chaves, lembrando que o regresso, a partir deste ano, das comparticipações do Serviço Nacional de Saúde aos tratamentos termais é uma forma de, simultaneamente, “valorizar um recurso endógeno, promover a saúde e assegurar um melhor desenvolvimento de todas as regiões do interior”.
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