[weglot_switcher]

António Costa pede mais interconexões energéticas para reduzir riscos de apagões

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, defendeu hoje mais interconexões energéticas na União Europeia (UE) para reduzir o risco de apagões como o da semana passada na Península Ibérica, pedindo investimentos na segurança da rede.
Portuguese Prime Minister Antonio Costa speaks to the press as he attends a European Union leaders summit in Brussels, Belgium March 21, 2024. REUTERS/Johanna Geron/File Photo
6 Maio 2025, 19h21

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, defendeu hoje mais interconexões energéticas na União Europeia (UE) para reduzir o risco de apagões como o da semana passada na Península Ibérica, pedindo investimentos na segurança da rede.

“Temos de continuar a melhorar a integração e a interconexão energética da União porque isso também ajudará a reduzir o risco de incidentes e apagões como os da semana passada na Península Ibérica”, defendeu António Costa.

Intervindo numa visita à cidade espanhola Barcelona, na associação cívica de debate público Cercle d’Economia, o líder da instituição que junta os chefes de Governo e de Estado da UE vincou ser “essencial aumentar o investimento na segurança da rede”.

“Estamos também a tomar medidas para garantir que os preços da eletricidade deixem de estar dependentes da volatilidade dos preços dos combustíveis fósseis”, avançou António Costa, no dia em que a Comissão Europeia vai apresentar um plano para a UE deixar de depender da energia vinda da Rússia até 2027.

Como exemplo, António Costa referiu que “a solução ibérica ofereceu lições sobre a forma como se pode avançar para que os cidadãos e empresas beneficiem de energia barata, limpa e segura”, numa alusão ao mecanismo temporário e excecional criado após a crise energética de 2022 para conter o peso do gás na produção de eletricidade e assim baixar o preço da luz.

Neste discurso, o presidente do Conselho Europeu fez ainda uma analogia, entre a UE e um monumento histórico: “Talvez a União Europeia seja um pouco como a Sagrada Família [pois é] um projeto enorme, rebuscado, idealista e de dimensões históricas”.

“Um projeto com uma arquitetura tremendamente complexa, de certa forma perpetuamente inacabado, em que cada nova geração contribui com o seu grão de areia para responder aos desafios do seu tempo. Um projeto que por vezes estagna, mas que avança sempre com determinação, porque é guiado por uma visão arrojada e ambiciosa do futuro”, adiantou.

Um corte generalizado no abastecimento elétrico deixou na segunda-feira da semana passada Portugal continental, Espanha e Andorra praticamente sem eletricidade e também uma parte do território de França.

Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do apagão.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.