António Costa, ex-primeiro-ministro e atual presidente do Conselho Europeu, considera que Portugal “tem um problema de autoflagelação”. A declaração foi proferida ao podcast da Antena 1 “Política com Assinatura” e está relacionado com a perceção sobre a forma como Portugal aproveita os fundos comunitários.
Para o agora governante europeu, há uma ideia pré-concebida de que o país não tem aproveitado os fundos comunitários mas António Costa cita dados da Comissão Europeia que mostram que desde 1985, Portugal tem quase 100% de absorção dos fundos europeus .
“A ideia de que aproveitámos mal, é uma ideia errada” e acrescenta que os investimentos que fizemos no passado não podem ser avaliados com “os olhos de hoje”.
Para António Costa, “foi um erro” a não suspensão do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) em toda a Europa. Nesta entrevista à Antena 1, o antigo líder socialista diz que, tendo em conta o pico de inflação, a retoma da economia e o emprego que estava preservado, não fez sentido acelerar a execução do PRR e que isso “penalizou a execução”.
O presidente do Conselho Europeu também antecipa alterações relativamente ao próximo Quadro Financeiro Plurianual europeu já que acredita que as verbas do PRR serão incluídas nesse orçamento europeu até porque duvida da execução total do PRR até agosto do próximo ano.
No que diz respeito ao investimento no mercado de capitais por parte dos fundos de estabilização da Segurança Social, António Costa diz que isso não passa por uma decisão em sede de Comissão Europeia, conforme sugeriu a Comissária Europeia Maria Luís Albuquerque.
Costa diz que o que poderá existir são “incentivos e um quadro regulatório para que haja, com segurança, investimento no mercado de capitais” por parte dos fundos de estabilização da Segurança Social.
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