O presidente executivo do Novo Banco, António Ramalho, não exclui o cenário que o banco que lidera venha a receber uma nova injeção de capital do Estado português, segundo uma entrevista concedida ao “Dinheiro Vivo” e à rádio TSF, este sábdo, 12 de setembro.
“Não ponho de parte nenhum cenário. Importa dizer aos portugueses que é mais útil – nesta altura em que temos capacidade de financiar -, financiar o Novo Banco para que ele fique bom e, no próximo ano, contar com o financiamento e a resposta e a devolução do Novo Banco para dar à sociedade estas respostas”, afirmou António Ramalho.
“Claro que as pessoas não gostam de saber que esta capitalização [do Novo Banco] foi feita às prestações”, acrescentou o banqueiro, que criticou o facto de a capitalização do Novo Banco não ter sido como a da Caixa Geral Depósitos ou a do Banif.
Na mesma entrevista, o gestor garantiu que o Novo Banco não vendeu ativos ao desbarato e lamentou que a auditoria da Deloitte à instituição bancária que lidera esteja a ser politizada.
A auditoria levada a cabo pela Deloitte revelou que as vendas de ativos do antigo BES foram realizadas a “valores inferiores” aos das “últimas avaliações disponíveis”. Segundo o Governo, o relatório revelou também perdas líquidas de 4.042 milhões de euros no Novo Banco (entre 04 de agosto de 2014, um dia após a resolução do BES, e 31 de dezembro de 2018) e “descreve um conjunto de insuficiências e deficiências graves” no BES, até 2014, na concessão de crédito e investimento em ativos financeiros e imobiliários.
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