[weglot_switcher]

António Vitorino terá recebido 325 mil euros de ex-embaixador de Espanha

Raúl Morodo e o seu filho Alejo terão alegadamente feito pagamentos, entre 2012 e 2016, à Ebau Consultores Lda, empresa de consultoria que tem como administradores o antigo ministro da Defesa no Governo de António Guterres, bem como a mulher de António Vitorino.
4 Fevereiro 2020, 15h45

António Vitorino terá recebido 325 mil de Raúl Morodo e do seu filho Alejo, de acordo com a acusação da Unidade de Delinquência Económica e Fiscal de Espanha. Segundo conta o jornal espanhol “Ok Diário” esta terça-feira, 4 de fevereiro, em causa estará um caso de corrupção e branqueamento de capitais referente à PDVSA, uma petrolífera estatal venezuelana.

Raúl Morodo e o seu filho Alejo terão alegadamente feito pagamentos, entre 2012 e 2016, à Ebau Consultores Lda, empresa de consultoria que tem como administradores o antigo ministro da Defesa no Governo de António Guterres, bem como a mulher de António Vitorino. Nos anos em questão terão sido feitos três pagamentos da Morodo Abogados y Asociados SL, empresa de Raúl Morodo e Alejo Morodo, em relação a “serviços profissionais de consultoria em relações internacionais e assuntos europeus”.

Contudo, já entre 2011 e 2012 terão sido feitos outros dois pagamentos à empresa de António Vitorino, desta feita pela Aequitas Abogados e Consultores SL, empresa que pertence a Alejo Morodo. Estes pagamentos segundo indicam os documentos da Unidade de Delinquência Económica e Fiscal de Espanha mostram ainda que poderão estar relacionados com um acordo assinado entre José Sócrates e Hugo Chávez, no qual a Galp se comprometeu a construir quatro parques eólicos na Venezuela.

Para as autoridades espanholas, a empresa de António Vitorino e da sua mulher terá facilitado a circulação de mais de 35 milhões de euros, que terão tido como destino Espanha através de contas bancárias na Suíça e no Panamá. No passado mês de janeiro, o antigo vice presidente de António Guterres negou todas as acusações.

“É absolutamente falso qualquer envolvimento com empresas venezuelanas, incluindo a PDVSA, ou que me tenha apropriado de 35 milhões de euros”, referiu António Vitorino em declarações ao “Correio da Manhã”. Atualmente, António Vitorino dirige uma agência da ONU, a Organização Internacional para Migrações (OIM).

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.