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Antral lança app “IzzyMove” para responder à modernização do setor do táxi

Objetivo desta nova aplicação, que é uma evolução do serviço Táxi Digital, lançado em 2013 também pela Antral, é trazer um meio mais moderno na forma de requerer o serviço de um táxi. “É um projeto dentro do setor e para o setor”, disse, por sua vez, o diretor da empresa que gere a app “IzzyMove”, Henrique Santos
  • Pedro Nunes/Reuters
23 Abril 2019, 17h21

O setor do táxi tem a partir desta terça-feira, 23 de abril, um novo canal de comunicação e prestação de serviço entre taxista e cliente, após a Antral ter apresentado oficialmente a aplicação “IzzyMove”.”Estamos a modernizar e a inovar para oferecer um serviço público ao cliente”, afirmou o presidente da Antral, a organização mais representativa da Antral, Florência de Almeida, na apresentação da aplicação no Ramada Hotel, em Lisboa.

O objetivo desta nova aplicação, que é uma evolução do serviço Táxi Digital, lançado em 2013 também pela Antral, é trazer um meio mais moderno na forma de requerer o serviço de um táxi. “É um projeto dentro do setor e para o setor”, disse, por sua vez, o diretor da empresa que gere a app “IzzyMove”, Henrique Santos.

Desta forma, o setor do táxi tem uma nova ferramenta para aumentar a qualidade do serviço e responder aos desafios concorrenciais colocados pelo surgimento de empresas como Uber, Cabify, Bolt, Kapten e Mytaxi.

Este novo serviço estará disponível em todo o país (26 concelhos inicialmente, graças à parceria com 10 associações de táxis) e contará, inicialmente, com cerca de 2.000 táxis sem tarifas dinâmicas e com a possibilidade de realizar pagamentos pelo telemóvel. Mas os clientes podem pagar as viagens como quiserem: cartão bancário ou em numerário, ou mesmo através do telemóvel.

Questionado pela comunicação social sobre o investimento feito pela Antral na “IzzyMove”, Florêncio de Almeida disse terem sido investidos “centenas de milhares de euros”.

A nova plataforma permitirá a qualquer pessoa chamar o táxi através de uma aplicação móvel gratuita disponível nas plataformas App Store (iOS)  ou Google Play (Android). Depois, será apresentada uma estimativa do custo da viagem, que poderá ser paga com cartão de crédito, em dinheiro ou dentro da aplicação. No final, o cliente poderá avaliar o motorista e até fazer comentários à qualidade do serviço.

Fundamentalmente, o valor da corrida é simulado na plataforma da “IzzyMove” e posteriormente é validado pelo cliente – por enquanto o taxímetro não está ligado à aplicação. Também existem tempos de espera pré-definidos, mas em última instância é o motorista de táxi é que indicará esse tempo de espera.

Questionado sobre os custos deste novo serviço para o taxista, Florêncio de Almeida salientou os “0,40 euros por cada serviço, independemente do valor total” da corrida. E acrescentou: “se correr bem, a tendência é baixar o preço [para o taxista]”.

Mas a grande questão para o líder da Antral continua a ser o tarifário em vigor.

“Os preços de táxi não vão ser alterados. O objetivo é acabar com o suplemento de chamada. O setor do táxi tem de se adaptar à nova realidade. Não pode haver duas velocidades no transporte individual de passageiros”. Florêncio de Almeida, presidente da Antral, na apresentação da “IzzyMove”

Para acompanhar e avaliar o futuro desta nova plataforma, o líder da Antral revelou que foi criado um grupo de trabalho interno “para acompanhar todo o sistema”.

Sem esquecer as plataforma TVDE, Florêncio de Almeida criticou e reforçou a questão tarifária: “Enquanto não houver uma alteração ao sistema tarifário seremos sempre penalizados”.

E lançou um pedido ao Governo, cujo secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade, José Mendes, um dos principais alvos de contestação do setor do táxi desde que foi regulada a atividade das plataformas TVDE em Portugal, marcou presença: “Ajude este setor a crescer. Fomos apanhados na curva por uma concorrência desleal”.

“Tarifários devem ser ajustados”
Em resposta, José Mendes, usou da palavra para anunciar que o Governo já tem uma verba de cem mil euros “para ajudar no desenvolvimento desta plataforma”. Mas sobre a questão dos tarifários, levantada pelo presidente da Antral, Mendes admitiu que o tarifário “pode ir – e deve – sendo ajustado”, mas remeteu o futuro dessa matéria para as conclusões de negociações que decorrem com as organizações representantes dos taxistas, incluindo a Antral.

“O setor do táxi tem um papel importante, disse secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade.

José Mendes aludiu ainda a um episódio bíblico, frisando a expressão “Quo Vadis” ( do latim para língua portuguesa, “para onde vais”), para explicar o processo de modernização do setor do táxi.

Mas remeteu qualquer progresso na regulação do futuro para a próxima legislatura: “Esta matéria que pode ser trabalhada na próxima legislatura”.

 

 

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