A comunicação e a publicidade são duas das áreas onde Google e Facebook  transformaram de forma mais acentuada as nossas vidas. Por um lado, ao criarem formatos totalmente inovadores e disruptivos e, por outro, pela democratização do acesso, dando essa capacidade não apenas a anunciantes, mas a qualquer utilizador (embora num princípio semelhante aos já bem antigos Classificados dos jornais).

Nada ficou como dantes porque este livre acesso criou uma tendência, já bem implementada no digital – em que todos os dias vão surgindo novas plataformas – já se prevê que se estenda a outros meios, como a Televisão, a Rádio e o Exterior. Há plataformas que distribuem banners, outras que distibuem vídeo, conteúdos ou mesmo SMS. Plataformas especializadas em impactar os utilizadores de dispositivos móveis e outras que conseguem aceder a todos os devices. No fundo cresce o número de plataformas que têm a capacidade de segmentar as campanhas para as mais diversas audiências.

Uma excelente notícia é que através destas plataformas já é possível implementar todo o tipo de anúncios digitais em qualquer parte do mundo. E isto é mais uma revolução na publicidade. Numa época em que cada vez menos as fronteiras geográficas são barreiras aos negócios, é muito importante que cada empresário perceba que se conseguir de alguma forma exportar os seus produtos, então poderá muito facilmente anunciá-los em todos esses territórios, apenas recorrendo à sua agência de meios nacional, sem mais intermediários e com uma linguagem e grelha de análise comum.

No entanto, obviamente que a facilidade de acesso é enganadora, pois para se conseguir optimizar a eficácia destas campanhas é necessário dominar as variáveis dos algoritmos com que estas plataformas se regem, a que agora se juntam características de Inteligência Artificial. É necessário entender os dados resultantes e traduzi-los para métricas que tornem perceptível o sucesso ou insucesso das campanhas, tendo em conta os objectivos de comunicação estabelecidos, e actuar em tempo real. É necessário acompanhar diariamente a criação de novas ofertas e a evolução das existentes, ao ritmo do desenvolvimento tecnológico actual, o que significa que é frenético. É necessáruio dispôr de know how e ferramenrtas que fazem a monitorização do que está a contecer em tempo real. E é acima de tudo necessário ter conhecimentos e capacidade crítica, para filtrar o que é realmente importante e o que veio para ficar. Ao contrário do que alguns chegaram a pensar as agências de meios não desaparecem – são cada vez mais indispensáveis para garantir que os investimentos digitais dos anunciantes são eficazes e não são desperdiçados.