O empresário Joe Berardo causou controvérsia durante a semana passada ao afirmar que “pessoalmente” não tem dívidas, durante a sua audição parlamentar na comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos.
Com negócios em diversas áreas, incluindo os vinhos Bacalhôa, com sede em Azeitão, distrito de Setúbal, o setor do vinho pode vir a ser o mais prejudicado, uma vez que existem boicotes para que estes deixem de ser comercializados. A garrafeira BacoAlto em Lisboa anunciou um boicote aos vinhos cujo nome de Berardo está associado.
Na sua publicação, a garrafeira diz que a partir de terça-feira que “não compra nem aconselha vinhos das empresas em que José Manuel Rodrigues Berardo é acionista”, sendo que “as razões são mais do que conhecidas” referindo-se à dívida que Berardo garante que não tem.
O gerente da garrafeira, António Albuquerque, disse ao ‘Observador’ que tem a “perfeita noção de que os vinhos destas empresas são bons” mas que “o acionista é que deixa muito a desejar”.
Quem mostra ser contra este boicote é o chef Alexandre Silva, do restaurante Loco, em que acusa os apoiantes do boicote de não pensarem nos trabalhadores dos vinhos da Bacalhôa. “Alguém pensou nas pessoas que lá trabalham e precisam do ordenado para colocar comida na mesa?” questionou Alexandre Silva na sua página pessoal da rede social Facebook.
Apesar de o número de trabalhadores não estar detalhado no site oficial da empresa, Berardo conta com mais de 40 quintas para a produção de vinhos, em várias regiões portuguesas: como Azeitão na península de Setúbal, Alentejo e Douro.
A empresa Bacalhôa de Joe Berardo, que detém várias adegas no país, tem uma capacidade total de 20 milhões de litros, 1.500 barricas de carvalho e uma área de vinhas que pode chegar aos 1.200 hectares, segundo a empresa.
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