[weglot_switcher]

Apesar do recuo de um sindicato, Sindepor mantém greve de enfermeiros

Sobre o parecer do conselho consultivo da Procuradoria-Geral da República (PGR), o Sindepor aponta que o documento não torna a greve ilegal.
  • Cristina Bernardo
19 Fevereiro 2019, 14h35

O Sindicato Democrático dos Enfermeiros Portugueses (Sindepor) vai continuar em greve. Apesar do recuo da Associação Sindical dos Enfermeiros Portugueses (ASPE), o Sindepor garante que não recua na greve em vigor e que vai manter-se até dia 28 de fevereiro.

“Nós mantemos a greve, ela não está ilegal, não vamos suspender greve nenhum. No entanto, se as pessoas não se sentirem com capacidade para resistirem a esta coação, devem fazê-lo [ir trabalhar] sob protesto”, disse ao Jornal Económico Jorge Correia, vogal da direção do Sindepor.

parece”É um parecer da PGR, que foi homologado pelo primeiro-ministro. Isso não torna a greve ilícita ou ilegal. No nosso entender, há uma forma de coação sobre o direito à greve, inclusive com ameaças de marcar faltas injustificadas”, declarou Jorge Correia.

Sobre a questão do “crowdfunding”, o responsável aponta que o “sindicato não tem nada a ver com isso, foi um conjunto de colegas que o fez”.

“Estamos a aconselhar os nossos enfermeiros a que, caso se sintam coagidos para além daquilo que é aceitável, que vão trabalhar, mas que o façam sob protesto, inclusive para declararem que se sentem coagidos no seu direito à greve”, disse o responsável.

Em relação à intimação que o Sindepor interpôs no Supremo Tribunal Administrativo, o sindicato diz que ainda não há novidades. “Para relembrar, que neste momento ainda não temos a pronúncia por parte do Supremo Tribunal Administrativo. Hoje acaba o prazo que o Governo tinha para apresentar os seus argumentos. O que quer dizer nos próximos dias irá sair um anúncio por parte deste tribunal e aguardamos sobre isso”.

https://jornaleconomico.pt/noticias/sindicato-dos-enfermeiros-suspende-a-greve-cirurgica-413362

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.