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Após semana de perdas na Europa, época de resultados das empresas acelera

O PSI escapou às perdas na sexta-feira e encerrou no ‘verde’, mas as bolsas europeias registaram perdas em todas as sessões da última semana, arrastadas pelas quedas fortes que das cotadas da tecnologia. Esta semana, destaque para a apresentação de resultados de gigantes de vários sectores.
22 Julho 2024, 07h30

As bolsas europeias viveram uma semana amplamente negativa, com as tecnológicas a registarem quedas fortes. O sentimento na sessão de sexta-feira corroborou a tendência, mas a bolsa de Lisboa escapou ao sinal ‘vermelho’.

O índice PSI ganhou 0,12%, até aos 6.797 pontos, em reflexo da subida de 1,53% na Mota-Engil, até aos 3,58 euros por ação, assim como o ganho de 1,42% na cotação de mercado da Altri, que chegou aos 5,37 euros. Em simultâneo, a Ibersol adiantou-se 1,12%, para os 7,24 euros.

A NOS apresentou resultados financeiros na quinta-feira, após o fecho dos mercados, com um disparo de 84,6% nos lucros. Os investidores reagiram de forma positiva, pelo que os títulos valorizaram 0,56% e alcançaram 3,58 euros.

Por outro lado, a Sonae derrapou 0,86% e ficou-se pelos 0,921 euros.

Entre as mais importantes bolsas europeias, o sentimento foi bastante distinto, com perdas generalizadas na última sessão da semana, assim como nas quatro sessões anteriores. O sector tecnológico registou perdas assertivas, já que registou a maior queda semanal desde a pandemia (-8,75%), de acordo com os analistas do departamento de Mercados Acionistas do Millenium Investment Banking.

A adensar os ventos negativos esteve o blackout que afetou serviços por todo o mundo, nomeadamente da Microsoft. Este gerou insegurança nos investidores, nomeadamente ao nível das cotadas da tecnologia, mas afetou sobretudo o sector de viagens e lazer, já que houve problemas em aeroportos um pouco por todo o mundo.

Na sexta-feira, a Alemanha registou o maior tombo, na ordem de 1,09%, ao passo que o índice agregado Euro Stoxx 50 recuou 0,91% e Itália escorregou 0,89%. Seguiu-se França, ao escorregar 0,69%, enquanto o Reino Unido perdeu 0,62% e Espanha resvalou 0,57%.

Na semana que agora se inicia, destaque para a aceleração da earnings season, com várias empresas de grande peso nos mercados a revelarem contas. É o caso da General Motors, Tesla, Visa ou Ford, por exemplo.

Entre outros aspetos, será importante para medir o pulso aos investidores depois das perdas fortes nas tecnológicas, na medida em que são várias as cotadas do sector que vão divulgar resultados, como são a Alphabet (dona da Google) e a IBM, entre outras.

Em termos macro, a semana deverá ficar marcada pelos dados referente à força da economia norte-americana, que vão ser conhecidos na quinta-feira. O departamento de estatísticas dos EUA vai revelar o PIB do segundo trimestre, cujos dados serão importantes para, entre outros fatores, perceber como se está a comportar aquela economia face à decisão da Fed de manter as taxas de juro tão elevadas durante um período tão longo.

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