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Área Metropolitana do Porto regista crescente interesse de investidores estrangeiros em imóveis

O Porto ficou em primeiro lugar no ranking da procura, registando 33,7% do total de transações, seguido por Vila Nova de Gaia (26,4%), Matosinhos (11,9%), Maia (7,7%) e Gondomar (6,2%). A Maia, em particular, destacou-se por ter crescido nas preferências dos compradores internacionais, segundo dados da RE/MAX.
9 Janeiro 2025, 19h13

A Área Metropolitana do Porto (AMP) tem-se destacado como um polo de atração para o investimento estrangeiro, beneficiando de características turísticas que criam oportunidades no mercado imobiliário.

De acordo com dados da RE/MAX, uma das maiores imobiliárias a operar em Portugal, entre janeiro e novembro de 2024, a rede registou transações de clientes estrangeiros em todos os 17 concelhos da AMP, com uma concentração acentuada em cinco deles.

O concelho do Porto liderou as preferências, representando um terço da procura, seguido de Vila Nova de Gaia, que correspondeu a um quarto do total.

Neste período, os investidores estrangeiros mostraram uma clara preferência pela aquisição de imóveis, com 51,3% das transações a serem para compra, em contraste com o arrendamento.

O Porto ficou em primeiro lugar no ranking da procura, registando 33,7% do total de transações, seguido por Vila Nova de Gaia (26,4%), Matosinhos (11,9%), Maia (7,7%) e Gondomar (6,2%). A Maia, em particular, destacou-se por ter crescido nas preferências dos compradores internacionais.

Os dados revelam que os apartamentos foram a escolha favorita dos investidores estrangeiros, representando 66% das transações, seguidos por moradias (14,9%) e terrenos e lojas (6%).

O preço médio de um apartamento vendido na AMP foi de 230 mil euros, com uma procura acentuada por tipologias T2 (42%), T3 (35%) e T1 (17%).

No segmento das moradias, as tipologias T3 e T4 foram as mais procuradas, com 45% e 22% das transações, respetivamente, enquanto o preço médio das moradias rondou os 308 mil euros.

Entre os mercados que optaram pela AMP entre 1 de janeiro e 30 de novembro, 59 nacionalidades foram representadas nas transações imobiliárias.

Os clientes brasileiros destacaram-se como os mais ativos, responsáveis por 44% das transações, um aumento de quase dois pontos percentuais em comparação com o mesmo período de 2023.

Os norte-americanos representaram 9% das transações, seguidos pelos angolanos com 5%. Israelitas e ucranianos também marcaram presença, cada um contribuindo com cerca de 4% das transações.

Beatriz Rubio, CEO da RE/MAX Portugal, salientou que “a região está a afirmar-se como um destino de turismo e investimento, atraindo residentes não habituais. O segmento habitacional destaca-se na procura global por investimento internacional, e esperamos um reforço da participação destes clientes em 2025, à medida que Portugal se mantém no radar de muitas famílias e investidores estrangeiros”, concluiu.

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