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Argentina alcança o maior excedente energético dos últimos 18 anos

A Argentina atingiu um excedente energético de 5,7 mil milhões de euros. Para 2025, o valor deve subir para os sete milhões de dólares e em 2030 deve atingir os 16,6 mil milhões de dólares. É o melhor resultado dos últimos 18 anos.
30 Janeiro 2025, 09h24

A Argentina alcançou o maior excedente energético dos últimos 18 anos, alcançando os 5,7 mil milhões de dólares, destaca esta quinta-feira a publicação espanhola El Economista,

Esta publicação espanhola dá conta também dos progressos que a economia argentina tem feito noutras áreas que levaram ao atingir de um excedente orçamental e também a um maior controlo dos níveis de inflação, para além de ter feito cair o risco de incumprimento do país.

A expetativa é que o excedente orçamental aumente em 2025 para os sete mil milhões de dólares. O JP Morgan projeta que em 2030 esse valor possa chegar aos 16,6 mil milhões de dólares.

As razões deste excedente energético argentino, refere o El Economista, estão ligadas ao aumento verificado na produção de petróleo e de gás nos campos de Vaca Muerta como resultado da desregulação e das políticas do Governo de Javier Milei, que levaram a um maior investimento no país.

O excedente energético de 5,7 mil milhões de dólares é derivado da expansão dos oleodutos de xisto, refere o El Economista, que para além de terem aumentado as exportações na área do petróleo também ajudaram a reduzir as compras de gás da Argentina ao exterior. Recorrendo a dados do Ministério da Energia argentino, a publicação espanhola destacou que a produção de petróleo atingiu os 256 milhões de barris, a maior desde 2003 e também um nível de produção de gás que não era visto desde 2006.

O especialista em energia da Empiria, Nicolás Gadano, citado pelo El Economista, refere que a Argentina está a passar por uma “mudança estrutural” que pode perspetivar uma tendência de longo prazo que permita um “crescimento sustentado” das exportações e uma “menor dependência” do estrangeiro.

A publicação espanhola salienta que a economia argentina viu o seu Produto Interno Bruto (PIB) subir 3,9%, no terceiro trimestre de 2024, com o sector energético a ter uma grande influência neste resultado. Por exemplo a produção de petróleo atingiu uma média de 717 mil barris por dia, em 2024, mais 11% face ao período homólogo.

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