O comércio online, também apelidado eCommerce, tornou-se uma indústria muito importante nos últimos anos, com o grande salto nas operações destas empresas a surgir com o advento dos smartphones e o acesso generalizado à Internet. De roupas a produtos de bebé, passando por produtos eletrónicos, tudo está à distância de um clique e entregue à porta dos clientes. Eis uma lista das dez empresas de eCommerce que mais receitas geraram durante o ano de 2016.
10. GroupOn (2 mil milhões €)
Fundada em 2008 por Andrew Mason, a GroupOn tornou-se uma das marcas líderes do mundo no que respeita ao eCommerce.
A GroupOn opera agregando pessoas que têm interesse num determinando produto por forma a conseguir obtê-lo ao menor preço possível. Sedeada em Chicago, a GroupOn opera em mais de 28 países – incluindo Bélgica, Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Espanha e Portugal – comercializando viagens produtos e serviços da seguinte forma: a GroupOn adquire determinado bem ou serviço a uma empresa e lança uma campanha, habitualmente com um desconto apetecível. Quando o número mínimo de participantes necessários é atingido, a campanha ocorre e o produto é comprado pelo consumidor.
É este risco reduzido para os retalhistas que os leva a conceder grandes descontos à plataforma, que gera receitas através de uma comissão paga pelo montante que o retalhista recebe dos consumidores.
9. Zalando (3,6 mil milhões €)
Sedeada em Berlim, a Zalando é um dos maiores portais de moda do mundo e opera em 14 países na Europa. Em 2010 abriu a Zalando Lounge, uma área reservada para utilizadores registados, que recebem descontos por e-mail. Uma característica da Zalando é o tamanho dos descontos, que podem atingir os 80% face ao preço de retalho, estando as promoções online apenas durante um período de tempo limitado. Além de roupa, a Zalando comercializa acessórios para o lar, equipamento de desporto e acessórios de moda.
Apesar de fora da Europa não ter presença, a Zalando granjeia a lealdade dos seus clientes com ofertas como os 90 dias de devolução e opções como o pagamento contra entrega e entrega rápida sem custos adicionais.
8. Rakuten (5,89 mil milhões €)
A Rakuten foi fundada em 1997, mas só no ano seguinte abriu o seu centro comercial online. A empresa japonesa começou com seis empregados e 13 lojas. Em 2002, as lojas eram já mais de 6000. Para conseguir maior interação com os consumidores, lançou dois serviços: Pay as You Go e Rakuten Super Points. Ambos permitiram à empresa ganhar a confiança dos seus parceiros e crescer rapidamente. A inovação é uma das chaves para o sucesso da Rakuten. Em 2004 entrou no basebol japonês e em 2012 comprou a marca de e-books Kobo. Da filosofia da empresa fazem parte o encorajamento para que as lojas contactem com os seus clientes, criando relações duradouras. Todas as transações são seguras por servidores de acesso limitado e por passwords. O programa de pontos da empresa, o Rakuten Super Points, permite trocar os pontos acumulados por produtos ou por descontos.
7. eBay (8 mil milhões €)
A eBay é uma empresa californiana que foi criada em 1995 por Pierre Omidyar e que cresceu até aos lugares cimeiros do eCommerce mundial. Esta empresa online de comércio entre particulares gera as suas receitas cobrando aos vendedores de duas formas: com base na primeira licitação do item a ser vendido, o que a empresa apelida de Insercion Fee (destaques no site implicam custo extra); e com base no valor final da venda, sendo cobrada uma comissão.
O seu objetivo foi criar nos EUA um local onde tudo (o que fosse legal) pudesse ser vendido. Os vário milhões de utilizadores em todo o mundo e biliões de transações já efetuadas confirmam que o objetivo foi alcançado.
6. Priceline (9,6 mil milhões €)
Esta agência de viagens online é o palco de vendas de serviços de transporte, sejam bilhetes de avião, carros de aluguer, cruzeiros, pacotes turísticos ou reservas em hotéis. Foram os precursores do “Name your Price”, que permite vendas diretas entre as partes, e do “Nameyour Rate”, modelo de microfinanciamento em que se pode regatear a taxa de juro de um determinado empréstimo. Foram ainda os precursores do modelo de negócio de vários sites de reservas de bilhetes.
5. JD (10,3 mil milhões €)
JD é o que os utilizadores comummente chamam ao Jingdong Mall, centro comercial onlinefundado em 1998 e com sede na China. Inicialmente dedicado ao comércio de e-books, CD e DVD através do site 360buy. Em 2013 ganhou o nome JD.com e o 360buy.com passou para a arena internacional, com o endereço en.360buy.com. Dois anos depois chegou ao mercado russo e, em 2016, comprou o negócio online da Walmart na China. A JD.com tem mais de 100 mil marcas a vender os seus produtos neste portal, mais de 226 milhões de utilizadores registados e 120.622 empregados (a 31 de dezembro de 2016).
4. Walmart (12,2 mil milhões €)
A Walmart foi fundada em 1962 por Sam Walton como uma empresa norte-americana de retalho. Até hoje, o negócio é propriedade da família Walton. A entrada no comércio onlinedeu-se em 2000, com o nascimento da Walmart.com, que levou para casa dos consumidores norte-americanos uma das mais conhecidas marcas mundiais de retalho.
3. Otto (12,5 mil milhões €)
A Otto oferece um portal de compras de artigos de desporto, moda, eletrodomésticos e eletrónica. Online pela primeira vez em 1995, gera mais de 80% das suas receitas através do portal, provindo o restante do seu negócio de emprego temporário em território europeu e dos serviços de análise de dados, marketing, pagamento e logística. O Grupo Otto opera em mais de 50 países e tem 25 subsidiárias.
2. Alibaba (14 mil milhões €)
Fundada por Jack Ma em 1999, o Alibaba começou por vender produtos locais nos mercados internacionais, ascendeu a um dos líderes globais desta indústria, dominando nomes como Amazon e eBay. Além de deter 63% de todo o comércio eletrónico feita na China, o Alibabaoferece outros serviços, como computação em cloud e pagamentos eletrónicos. É um dos principais responsáveis pela atenção que é dada atualmente ao fornecimento chinês de produtos e serviços.
1. Amazon (121,4 mil milhões €)
Da garagem de Jeff Bezos, o seu fundador, em 1994, a Amazon cresceu até ao topo do comércio digital, tendo faturado no passado ano quase 10 vezes mais que o segundo classificado neste ranking. Começou por ser Cadabra, mas felizmente trocou o seu nome para Amazon. Além do significado do nome, o logo é muito bem conseguido, com a seta que liga o A e o Z a assemelhar-se a um sorriso, que dá confiança aos consumidores, e a indicação de vendem tudo de A a Z. E vendem mesmo.
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