A polémica é grande e está a dividir o país, mas a verdade é que esta greve de motoristas de matérias perigosas deve contar com um número cada vez mais reduzido de apoiantes. Além dos prejuízos óbvios para a vida dos portugueses, esta paralisação pode gerar prejuízos avultados a várias marcas.

Resta saber se o consumidor vai perceber quando não receber uma encomenda a tempo, ou quando não conseguir encontrar aquele produto a que está habituado na loja do costume, ou pior, quando não tiver o medicamento que precisa.

As contas que têm vindo a público não são simpáticas e colocam um nervoso miudinho em todos, até porque Portugal tem fama de país pacato, mas ninguém sabe quando e como isto vai acabar. E os cenários que se têm pintado não são bonitos.

A questão para muitos é ter uma crise em casa à conta da crise alheia e o prejuízo não é apenas monetário mas também de reputação, e esse é o mais difícil e caro de corrigir.

Muitas foram as empresas que já se adiantaram ao problema e começaram a precaver os danos, seja com avisos, emails, reforço de stocks ou abastecimento de frotas, mas se a greve durar muito tempo não haverá paciência nem compreensão possível para muitos problemas que vão surgir a todos os níveis.

Resta saber também como se sairá a marca Portugal deste filme de terror que se avizinha. Como vamos gerir este cenário e impor ordem no caos. Para já, a tensão impera e com decisões arriscadas. Esperemos para ver.