Associação de ‘business angels’ investiu 13,3 milhões de euros em Portugal em 2019

Os cerca de 150 associados da Associação Portuguesa de Business Angels (APBA) investiram em conjunto um total de 13,3 milhões de euros em empresas early stage no ano passado, um valor que corresponde ao dobro do de 2018, segundo o relatório anual da associação de investidores divulgado esta semana.

A verba foi encaminhada para 28 projetos distintos, mas na sua maioria ligados à economia digital, como é o caso dos negócios na área tecnológica e financeira – fintech (18%). O grupo, que investiu em média meio milhão de euros em cada, apostou ainda em soluções de serviços de cuidados de saúde (14%) e indústria/energia (11%).

“Foi um ano extremamente promissor para o ecossistema empreendedor português. Os dados demonstram um percurso de afirmação, para o qual foi determinante a profissionalização dos investidores privados. Este crescimento notável tem-se traduzido na entrada de smart money em diversos setores inovadores da economia”, garante João Trigo da Roza, presidente da APBA.

Em 2019, o maior montante de investimento reportado foi de aproximadamente 4,3 milhões de euros enquanto o menor foi de cerca de 39.500 euros. Para que estes valores não sejam ‘cortados’ pela crise pandémica, o dirigente associativo apela à criação de incentivos para garantir a liquidez das startups, dar confiança aos investidores “e estimular a manutenção dos níveis de investimento”.

“Só uma ação coordenada permitirá mitigar com sucesso o impacto desta crise, emitindo sinais positivos para startups e investidores”, explica João Trigo da Roza, cuja associação enviou recentemente uma proposta ao Governo com medidas de aplicação imediata e a médio prazo para suportar o ecossistema.

Elaborada em conjunto com a Federação Portuguesa de Associações de Business Angels (FNABA) e subscrita por outros investidores em early stage no país, essa sugestão da APBA engloba tópicos de financiamento e da política fiscal.

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