A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) é uma das associações subscritoras do comunicado do Insurance Europe que reflete o posicionamento do setor segurador europeu no que respeita ao combate às alterações climáticas, divulgado esta segunda-feira na sequência do COP26.
A Insurance Europe, a federação europeia de seguros e resseguros, diz que “apoia inequivocamente o impulso coletivo global para combater as alterações climáticas que é o foco da COP26. A indústria seguradora europeia apoia, também, os objetivos do Acordo de Paris e do Acordo Verde Europeu, bem como os objetivos ambiciosos da Europa de reduzir as suas emissões de gases com efeito de estufa em 55% até 2030 e de alcançar uma economia líquida zero até 2050”.
Para a APS, presidida por José Galamba de Oliveira, o tema das alterações climáticas e da transição para uma economia verde e descarbonizada é um tema prioritário, “constituindo um duplo desafio para as empresas de seguros, na sua tripla qualidade de gestores de riscos, investidores institucionais e subscritores de riscos”.
A Insurance Europe defende que “as seguradoras podem desempenhar um papel importante tanto na mitigação dos piores cenários de alterações climáticas como na ajuda aos cidadãos e empresas, de modo a estes enfrentarem e adaptarem-se aos impactos das mudanças que não podem ser evitados, o que continuará a acontecer por muitos anos”.
As seguradoras podem fazê-lo através da capacidade de assumir e diversificar os riscos em nome dos clientes e de lhes fornecer o apoio financeiro de que necessitam para fazer face às consequências das alterações climáticas; do conhecimento e experiência em gestão de risco para ajudar os clientes e o setor público a construir uma consciência de risco, reduzindo a exposição e aumentar a resiliência aos impactos das alterações climáticas, incluindo uma abordagem de “construir melhor” após os eventuais danos ocorridos; e da capacidade de investir na transformação da sustentabilidade, uma vez que são os maiores grupos de investidores institucionais na Europa, com mais de 10 biliões de euros em ativos.
“São muitas as seguradoras em toda a Europa que já estão a tomar medidas e estão dispostas a contribuir com mais, mas, para desempenharem plenamente o seu papel, e para libertam o potencial significativo do setor, precisam que os governos tomem medidas”, diz o comunicado.
A federação europeia de seguros defende, e a APS subscreve, que as seguradoras devem incentivar e apoiar projetos públicos, empresariais e de infraestruturas mais sustentáveis em que as seguradoras possam investir. “Por exemplo, seguindo e aplicando de forma consistente o princípio do ‘poluidor-pagador’ a nível internacional, através de mais crowding-in de capital privado, por meio de parcerias público-privadas e de um melhor equilíbrio do risco de crédito associado a projetos de infraestruturas”.
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