A Associação Lisbonense de Proprietários (ALP) “repudia” e classifica de “irresponsáveis” as declarações do Presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, no artigo de opinião publicado jornal britânico “The Independent”.
Fernando Medina revela que pretende o fim dos alojamentos locais em Lisboa, após a pandemia da Covid-19, defendendo a sua reconversão em habitação para trabalhadores essenciais, como profissionais de saúde.
“O alojamento turístico de curta duração foi o motor da reabilitação urbana em Lisboa, cujo parque habitacional estava apodrecido e desertificado devido a um século de congelamento de rendas”, refere a ALP.
A entidade realça ainda que “muitos dos investimentos de reabilitação urbana canalizados para o alojamento local foram realizados por pequenos proprietários nacionais e constituem integralmente o seu rendimento disponível”, sendo que “muitos destes investimentos estão ainda longe de estar amortizados”.
“Foi também graças ao alojamento local que milhares de postos de trabalho diretos e indiretos foram criados na cidade”, frisa a associação, acrescentando que foi devido à grande procura de imóveis na cidade de Lisboa, que a autarquia liderada por Fernando Medina beneficiou ainda de “receitas fiscais históricas em sede de IMT – Imposto Municipal sobre as Transmissões e IMI – Imposto Municipal sobre Imóveis”.
A finalizar a associação liderada por Luis Menezes Leitão relembra que o município de Lisboa é o maior proprietário imobiliário da cidade de Lisboa. “A Câmara de Lisboa detém mais de 3 mil imóveis devolutos na capital. É neste parque habitacional abandonado que devem necessariamente começar as prioridades políticas de habitação municipal acessível do Presidente da Câmara de Lisboa”.
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