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Associação Sindical de Professores acusa Governo de negligenciar os casos positivos de COVID-19 nas escolas

Numa carta aberta ao Primeiro-ministro, a Associação Sindical de Professores Licenciados pede ao Governo que dê mais atenção à estratégia de prevenção e mitigação da pandemia nas escolas, o que passa por testar alunos, professores e funcionários.
  • Getty Images
18 Outubro 2020, 12h05

A Associação Sindical de Professores Licenciados (ASPL) diz não compreender como pode o Governo “dar tanto ênfase à utilização da aplicação StayAway Covid” –  embora considere que se trata de “uma ferramenta útil para identificar potenciais exposições a pessoas infetadas, procurando-se, dessa forma, quebrar as cadeias de transmissão – e tratar com “tanta ligeireza as situações de Covid-19 nas escolas”.

Em carta aberta ao Primeiro-ministro, António Costa, a ASPL defende que a estratégia de prevenção e mitigação da pandemia da Covid-19 nas escolas é fundamental para se conseguir inverter os elevados números de casos positivos registados no país, nos últimos tempos. E isso passa por testar a comunidade educativa. “Faria todo o sentido e seria mais fácil e eficaz testar também alunos, professores e assistentes operacionais que, em cada escola, estiveram em contacto com casos positivos”, diz o documento. Até porque, justifica, nas escolas, os alunos estão organizados por turma e por espaços atribuídos, o que facilita a respetiva identificação.

Nas escolas, segundo a ASPL, que cita informação de vários docentes associados, “raramente se adota o procedimento de testar os envolvidos, no mínimo os elementos da mesma turma”. O procedimento habitual, acrescenta, “cinge-se a testar apenas os alunos que estão sentados mais próximos (ao lado, e imediatamente à frente e atrás) dos que testaram positivo, como se nos intervalos, nos corredores, à saída e à entrada da escola, não contactassem com os demais colegas da turma, no mínimo”.

O documento refere ainda que a agravar esta “situação negligente do Governo” está o facto de as autoridades de saúde “não estarem a recomendar não só a testagem, como a prescrição de isolamento profilático, continuando alunos, professores e assistentes operacionais que estiveram em contacto com casos positivos, a frequentar a escola, como se nada tivesse acontecido”.

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