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Associação sindical pede ao Governo que ensino passe a funcionar em regime não presencial

Associação Sindical de Professores Licenciados defende que durante o confinamento geral do país, as escolas se mantenham abertas apenas para os alunos cujos pais pertencem a serviços essenciais ou para quem não têm condições para continuar o ensino em casa.
  • Doutor Finanças
18 Janeiro 2021, 16h16

A Associação Sindical de Professores Licenciados (ASPL) insistiu esta segunda-feira, 18 de janeiro, na necessidade do ensino passar a funcionar em regime não presencial, face ao agravamento da situação epidemiológica do país.

Num ofício enviado ao primeiro-ministro, António Costa, e ao ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, a ASPL enfatiza as vantagens do ensino presencial, aspeto em que toda a comunidade – professores, alunos, encarregados de educação, organizações sindicais, especialistas, Governo e instâncias internacionais fundamentais – está de acordo, mas salienta que os dados atuais relativos à pandemia da Covid-19 não o permitem.

“Será mais prudente durante este período de confinamento geral do país, o ensino, de todos os níveis e ciclos, incluindo o ensino superior, passar a funcionar à distância, mantendo-se apenas abertas as escolas para os alunos cujos pais pertencem a serviços essenciais ou para aqueles que não têm condições para continuarem o ensino a partir de casa”, afirma a ASPL.

No documento, a associação sindical salienta a “necessidade de uma uniformização dos procedimentos de testagem por parte das entidades de saúde locais, que permita o rastreio efetivo de todos os alunos e professores que tenham estado em contacto com casos positivos nas turmas, o que em muitas escolas não tem acontecido”, assim como a testagem em massa de toda a comunidade educativa, quando a situação epidemiológica do país o permita de forma a interromper as cadeias de contágio que possam haver.

O confinamento geral que entrou em vigor às 00h00 de 15 de janeiro tem como objetivo travar a pandemia de Covid-19. Todos os estabelecimentos de ensino, da creche às universidades e politécnicos se manterão em funcionamento. Os dois principais sindicatos de professores do país – FENPROF e FNE, afetos à CGTP e UGT, respetivamente, exigiram a inclusão dos professores no grupo dos prioritários à vacina da Covid-19 e testes de antigénio para que as escolas se possam manter abertas.

O SIPE (Sindicato Independente de Professores e Educadores) manifestou-se contra a decisão do Governo de encerrar os estabelecimentos de ensino.

Por seu turno, Mariana Gaio Alves, presidente do Sindicato Nacional do Ensino Superior, adiantou ao Jornal Económico que vai apelar às autoridades de saúde para considerem os docentes prioritários, devido ao facto de não se encontrarem em teletrabalho.

Portugal conta este 18 de janeiro com um total de 556.503 casos confirmados de Covid-19, mais 6.702 do que ontem e 9.028 mortos, dos quais 167 registados nas últimas 24 horas.

 

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