Depois de ter sido ultrapassada nas vendas pelas rivais BMW e Mercedes-Benz, a Audi continua a esforçar-se para emergir do escândalo de emissões que envolve o Grupo Volkswagen há quase dois anos. Mas estas tentativas sofreram novo revés, quando a marca alemã identificou novos modelos na Europa com emissões acima do normal.
Em causa estarão, diz a marca, cerca de 24 mil unidades dos modelos A7 e A8 construídos entre 2010 e 2013, cujos testes de emissões mais recentes revelaram “irregularidades” que indicam que estes modelos poderão estar a emitir gases duas vezes acima dos limites legais.
“A rotação do motor pode estar a ser influenciada de forma desfavorável pelo software da caixa de velocidades”, revela a Audi em comunicado. A solução é uma atualização de software, que demora cerca de 30 minutos a ser feita.
O construtor anuncia ter chegado a acordo com as autoridades alemãs para levar a cabo um “recall” a nível europeu, que na Alemanha obrigará a que sejam chamados de volta às oficinas 14 mil unidades.
Esta descoberta nos modelos de topo da Audi é mais uma contrariedade para a marca que mais contribui para os ganhos do Grupo VW e, por isso, se torna um componente vital para que o Grupo alemão resista ao impacto do escândalo Dieselgate, que já lhe custou 22,6 mil milhões de euros.
Segundo a Bloomberg, depois de descobertas estas novas situações, as autoridades alemãs anunciaram estender a investigação já existente à Audi, de forma a incluir os novos modelos.
Recorde-se que este anúncio surge cerca de duas semanas depois de ter sido renovado o contrato que liga a Audi ao seu CEO, Rupert Stadler, e das buscas levadas a cabo nos escritórios da marca, em Ingolstadt.
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