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Austrália promete 72 mil milhões de euros para proteger empregos

Qualquer empresa que tenha perdido 30% das suas receitas poderá aderir ao apoio decidido pelo governo de Camberra.
30 Março 2020, 10h56

O Governo da Austrália anunciou um pacote de 72 mil milhões de euros para proteger o emprego no país face ao surto do coronavírus. Esta verba faz parte de um pacote de 117 mil milhões de euros que o país vai dispender para subsidiar os salários de cerca de seis milhões de pessoas, existindo ainda uma terceira verba destinada a limitar as consequências da pandemia na economia do país, revela a agência “Reuters” esta segunda-feira, 30 de março.

O primeiro-ministro Scott Morrison refere que os seis meses de financiamento são necessários para garantir que as empresas possam manter os seus funcionários recuperarem quando a crise passar.

“Precisamos ter uma economia em andamento para superar isto”, afirmou Scott Morrison em entrevista a uma televisão australiana. “Isto é um incentivo para manter as pessoas a trabalhar, porque estando a trabalhar elas podem continuar a estar nas folhas de pagamento”.

Este subsídio de “manutenção de empregos” de 117 milhões de euros representa cerca de 15% do Produto Interno Bruto(PIB) da Austrália, que também tem vindo a reforçar as medidas de distanciamento social numa tentativa de capitalizar a desaceleração da taxa de crescimento de novas infecções a nível nacional.

O subsídio de “manutenção de empregos” vai fornecer às empresas elegíveis 1.300 euros a cada quinzena durante seis meses para cada funcionário. Qualquer empresa que tenha perdido 30% das suas receitas poderá solicitar este fundo.

A Austrália tem um dos menores números de infecções por coronavírus no mundo, tendo a taxa de novos casos caído para metade na semana passada. Cerca de 4.200 pessoas testaram positivo e o número de mortos é de 18.

Contudo, as autoridades já introduziram novas medidas, incluindo restrições a reuniões públicas para apenas duas pessoas e o encerramento de ginásios e parques. Vários estados estão a aplicar multas a partir da meia-noite de 1.400 euros com possível pena de prisão de seis meses para qualquer pessoa que viole as novas regras.

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