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Autárquicas: Ventura diz que eleições vão marcar “início do fim do reinado de António Costa”

“Um dia, António Costa disse: se tiverem força derrubem o meu Governo. Pois eu aqui estou para dizer que, cedo ou tarde, o teu Governo, António Costa, há de cair e nós, portugueses de bem, voltaremos a governar o país que ainda nos pertence”, defendeu o líder do Chega.
  • José Sena Goulão/Lusa
31 Julho 2021, 10h37

As eleições autárquicas de 26 de setembro vão assinalar “o início do fim do reinado de António Costa”, argumentou o presidente do Chega, num comício marcado por protestos de algumas dezenas de pessoas.

“Enquanto nos chamam fascistas, racistas e extremistas, há um Partido Socialista (PS) que fica a sorrir e a rir, porque continua a gamar todos os dias”, afirmou o líder do Chega, André Ventura, num comício em Moura, no distrito de Beja, na sexta-feira à noite.

Mas “estas eleições do dia 26 [de setembro], aqui em Moura e aqui no distrito de Beja, vão marcar o início do fim do reinado de António Costa em Portugal”, afiançou.

Na sexta-feira à noite, perante algumas centenas de apoiantes do partido, que o aplaudiram e gritaram o seu nome, mas também uma contramanifestação de dezenas de pessoas, que o apuparam e chamaram de “racista” e “fascista”, Ventura mostrou-se confiante nos resultados das próximas eleições autárquicas.

“Um dia, António Costa disse: se tiverem força derrubem o meu Governo. Pois eu aqui estou para dizer que, cedo ou tarde, o teu Governo, António Costa, há de cair e nós, portugueses de bem, voltaremos a governar o país que ainda nos pertence”, defendeu o líder do Chega.

Durante a intervenção de André Ventura, a PSP, que antes do comício já estava visível em acessos à cidade e na zona onde este iria decorrer, conduziu os manifestantes para longe da praça, sem conflitos, acabando os participantes no protesto por dispersar.

Questionada pela agência Lusa, fonte da PSP justificou que esta ação, levada a cabo por elementos da Unidade Especial de Polícia, que reforçaram o restante dispositivo, visou acabar com “uma contramanifestação” que “não estava autorizada”.

No palco, em que apontou também a luta contra a corrupção como “bandeira” eleitoral, André Ventura prometeu que “não haverá gritos, nem manifestações, nem haverá multidões” que impeçam o partido “de lutar por Portugal”.

“E aqueles que pensavam que nunca chegaríamos aqui ao distrito de Beja, que pensavam que isto era só lá longe, em Lisboa, e que era apenas a voz de um homem só, desenganem-se. Nós vamos estar no país inteiro” nas próximas autárquicas, afirmou.

O líder do Chega, que é o cabeça de lista do partido à Assembleia Municipal de Moura, disse acreditar na vitória nos órgãos autárquicos deste concelho alentejano, nas próximas autárquicas, até para fazer deste município um exemplo para o país.

“Porque estes homens e mulheres que aqui vivem merecem que se dê um exemplo daquilo que será a governação do Chega em todo o país. Moura será o nosso primeiro caminho para a vitória que será nossa no governo de Portugal, mais cedo do que eles esperam”, defendeu.

O comício do Chega em Moura serviu para apresentar os oito candidatos autárquicos às câmaras municipais no distrito de Beja, que tem um total de 14 concelhos.

Cidália Figueira (Moura), Pedro Pinto (Beja), Ana Moisão (Serpa), Paulo Santos (Mértola), Nicholas Almeida (Aljustrel), Octávio Costa (Ferreira do Alentejo), Rui Areias (Odemira) e Idalete Brito (Ourique) são os cabeças de lista do partido.

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