O acesso à habitação deve ir para além dos recursos públicos: é uma questão transversal a todas as estruturas sociais e padrões culturais, às políticas públicas e aos sistemas económicos.
Os governos locais, câmaras e juntas de freguesia, têm um papel muito importante, pois conhecem os problemas dos seus territórios e podem construir os instrumentos de mitigação e adaptação indispensáveis à solução.
São precisos projetos inovadores e agregadores no quadro regional, nacional e internacional. Será o turismo a chave para inverter este percurso? É preciso olhar com atenção para a rede conventual do Alentejo.
A procura de soluções para mitigar questões ligadas à acessibilidade de pessoas com necessidades específicas está na ordem do dia, principalmente considerando o aumento da consciencialização pela igualdade de direitos das pessoas.
Um estudo de 2020 mostra números avassaladores: 70% dos municípios nunca planearam as condições de acessibilidade, 80% das autarquias não têm nenhuma estrutura dedicada à acessibilidade e apenas desenhamos as cidades para 40% da população.